Inflação nos EUA recua em setembro mas menos do que o esperado

O pico da inflação norte-americana foi atingido em junho, nos 9,1%. Desde então o índice tem vindo a cair. Ainda assim, ficou acima da previsão dos analistas.
Estados Unidos, EUA, bandeira
Eric Thayer/Reuters
Marta Velho e Pedro Curvelo 13 de Outubro de 2022 às 13:43

A inflação de setembro nos Estados Unidos (EUA) fixou-se nos 8,2%, divulgou esta quinta-feira o departamento do Trabalho norte-americano. É o terceiro recuo consecutivo, depois do índice ter chegado aos 9,1% em junho, um valor máximo em 40 anos. Em junho, a inflação caiu para 8,5% e em agosto para 8,3%.

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Ainda assim, o valor ficou acima das estimativas dos analistas, que antecipavam um valor de 8,1%.

Mais preocupantes para os analistas são os dados da inflação subjacente, que exclui os preços de alimentos e energia, que são mais voláteis. Este indicador atingiu os 6,6% em termos homólogos, um valor inédito nas últimas quatro décadas, tendo acelerado 0,6% face a agosto. Os economistas ouvidos pela Bloomberg apontavam para uma subida de 0,4% na variação em cadeia e para 6,5% em termos homólogos.

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Os números hoje divulgados evidenciam como a pressão sobre os preços se alastrou a praticamente toda a economia.

Estes valores dão ainda mais argumentação à Reserva Federal (Fed) para uma nova subida de 75 pontos base nas taxas diretoras na próxima reunião, em novembro, o que levou a que os futuros das ações em Wall Street tenham caído fortemente logo após os números da inflação serem conhecidos, enquanto as "yields" da dívida dos EUA subiram.

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