Os recados e os elogios do Fundo Monetário Internacional
Pontos positivos
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Crescimento e emprego
O crescimento que gera emprego ganhou força. A previsão para a taxa de desemprego é de 7,8%, a mais baixa desde 2008.
Investimento a crescer
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O FMI prevê um crescimento de 8,1% para o investimento, bem acima dos 5,9% inscritos pelo Governo no Orçamento.
Défice dentro da meta
O défice orçamental do ano passado deverá ter ficado melhor do que a meta (o FMI estima 1,2%) e este ano o objectivo do Governo de 1,1% deverá ser cumprido.
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Dívida desce mais
Com a ajuda de um superavit orçamental mais elevado, e mais estrutural, bem como com os reembolsos antecipados ao próprio FMI, o peso da dívida no PIB deverá cair mais depressa do que o inicialmente previsto.
Banca com mais capital
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O sistema financeiro está mais capitalizado e mais estável, o que dá mais confiança aos investidores. O risco de uma nova crise bancária é agora considerado baixo.
BCE menos relevante
A dependência de Portugal do programa de compra de dívida pública do BCE é menor do que a de outros países.
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Pontos negativos
Potencial fraco
O potencial de crescimento da economia é baixo, pelo que o ritmo actual de aumento do PIB não se vai manter nos próximos anos sem uma subida "substancial" do investimento.
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Dívida pública alta
Apesar dos progressos na diminuição da dívida pública, que deverá ter fechado 2017 em torno dos 126% do PIB, o valor continua demasiado elevado, o que torna o país vulnerável.
Mais capital
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Com o reforço regulatório em curso, a banca pode precisar de reforçar ainda mais os seus capitais.
Malparado pesa
Apesar das melhorias, o peso do crédito malparado na banca permanece elevado, limitando o financiamento de novos projectos de investimento.
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Risco no imobiliário
As autoridades devem acompanhar de perto a evolução do mercado imobiliário, já que os preços subiram cerca de 20% desde 2013, quando na Zona Euro aumentaram 7%.
Flexibilidade laboral
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O Fundo pede ao Governo que mantenha as medidas implementadas na era da troika e que aumente a flexibilidade no mercado de trabalho, para reduzir a segmentação.
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