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Confiança dos consumidores em máximo de 17 anos

O maior impulso advém das expectativas quanto à evolução do desemprego. Os inquéritos de conjuntura do INE mostram também uma subida no indicador de clima económico em Fevereiro, apesar da estabilização na indústria transformadora.

pessoas consumo população rua
pessoas consumo população rua Bruno Simão/Negócios
27 de Fevereiro de 2017 às 10:02

O indicador de confiança dos consumidores cresceu entre Setembro de 2016 e Fevereiro deste ano, "retomando a trajectória positiva observada desde o início de 2013 e apresentando o valor mais elevado desde Março de 2000", segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 27 de Fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Todas as componentes deram um contributo positivo para a evolução deste indicador durante este mês, mas o maior impulso advém das expectativas dos consumidores em relação à evolução do desemprego, cujo saldo "diminuiu nos últimos seis meses, de forma mais expressiva desde Novembro, renovando o valor mínimo da série iniciada em Setembro de 1997".

Ainda no que toca às componentes deste indicador de confiança, Fevereiro foi o mês em que o saldo das expectativas relativas à situação económica do país atingiu o valor máximo desde Dezembro de 1999. Quanto à situação financeira do agregado familiar, os dados divulgados pelo INE apontam para o prolongamento da "trajectória positiva" que se observa desde o início de 2013, chegando no mês passado a tocar o máximo desde Maio de 2000.

Indústria transformadora "arrefece"

Por outro lado, os inquéritos de conjuntura às empresas mostram que o indicador de clima económico também recuperou terreno nos dois primeiros meses de 2017, isto depois de ter recuado em Novembro e Dezembro. Ainda assim, os sinais mais preocupantes são dados pela indústria transformadora, cujo indicador de confiança estabilizou e interrompeu assim a "expressiva trajectória positiva iniciada em Junho". "Sem a utilização de médias móveis de três meses", frisa o INE, o indicador diminuiu em Fevereiro.

Já os restantes sectores mostraram uma progressão ascendente durante o mês que está prestes a terminar. O INE destaca a confiança na área da construção e obras públicas, que atingiu o máximo desde Setembro de 2008 – precisamente o mês da falência do Lehman Brothers – devido à evolução positiva das perspectivas de emprego e também das opiniões sobre a carteira de encomendas.

No comércio foram as opiniões positivas dos agentes sobre o volume de vendas e o saldo das perspectivas de actividade que voltaram a aumentar o indicador de confiança em Janeiro e Fevereiro. Depois do recuo no último trimestre de 2016 voltou a aumentar, apesar do contributo negativo da apreciação sobre o volume de stocks.

Finalmente, a área dos serviços está quase a completar um ano de crescimento no indicador de confiança, um movimento que iniciou em Março de 2016. O INE sublinha que o aumento foi "expressivo" em Fevereiro e que "resultou do contributo positivo de todas as componentes, opiniões sobre a actividade da empresa e apreciações e perspectivas sobre a evolução da carteira de encomendas".

(Notícia actualizada as 10:35 com informação sobre o indicador de clima económico)

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