Eurostat confirma inflação de 2,2% na Zona Euro em setembro. Portugal teve uma das taxas mais baixas
Inflação no grupo de países da moeda única teve a primeira aceleração desde junho, devido à subida dos preços dos serviços. Na União Europeia, a taxa de inflação também acelerou, mas para um valor superior. Portugal teve uma das taxas de inflação mais baixas dos Estados-membros.
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O Eurostat confirmou esta sexta-feira que a taxa de inflação na Zona Euro acelerou para 2,2% em setembro, depois de se ter mantido inalterada em 2% nos três meses anteriores. Esta é a primeira aceleração desde junho e é explicada pela ligeira aceleração no preços dos serviços após as férias de verão e o início das campanhas para as festividades de Natal e passagem de ano.
Os dados finais do Eurostat revelam que, entre as quatro grandes componentes do cabaz de compras das famílias (alimentação, energia, bens industriais não energéticos e serviços), só o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) dos serviços é que registou uma aceleração, em comparação com igual período homólogo, tendo passado de 3,1% em agosto para 3,2% em setembro.
Em sentido contrário, a variação homóloga do IHPC relativo aos bens alimentares, álcool e tabaco abrandou de 3,2% para 3% e a variação do IHPC dos bens industriais não energéticos manteve-se inalterada em 0,8%. Por outro lado, a variação homóloga dos preços da energia manteve-se negativa, o que significa que os preços estão mais baixos do que no ano passado, mas menos do que no mês anterior: passou de -2% para -0,4%.
A inflação subjacente, que exclui aos produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preços (alimentos e energia) foi de 2,4%, mais uma décima do que no mês anterior. Esse indicador permite aferir o nível de "enraizamento" da inflação na economia e mostra que são os produtos menos voláteis – neste caso, os serviços – que explicam esta nova aceleração da inflação em setembro.
O Eurostat revela ainda que, considerando os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), a taxa de inflação foi de 2,6%, mais duas décimas do que no mês anterior e mais quatro do que o registado no grupo dos países da moeda única.
Portugal abaixo da média
Entre os 27 países da UE, oito viram a taxa de inflação abrandar face ao registado em agosto (Portugal, Grécia, Áustria, Chéquia, Suécia, Eslovénia, Estónia e Malta), quatro mantiveram uma taxa inalterada (Finlândia, Estónia, Croácia e Chipre) e 15 registaram uma aceleração. No caso de Portugal, o IHPC de setembro fixou-se nos 1,9%, um valor que compara com 2,5% contabilizados em agosto.
As taxas de inflação mais baixas foram observadas em Chipre (0,0%), França (1,1%) e em Itália e Grécia (ambas com 1,8%). Já as taxas de inflação mais altas registaram-se na Roménia (8,6%), Estónia (5,3%) e Croácia e Eslováquia (ambas com 4,6%).
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