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Exportações caíram 7,3% em julho, menos do que no mês anterior

As exportações de bens caíram 7,3% em julho, quando comparadas com o mesmo mês de 2019, atenuando o seu comportamento negativo. Nas importações, a tendência é a mesma mas as perdas são mais acentuadas.

exportacoes comercio contentores
exportacoes comercio contentores Vítor Mota
09 de Setembro de 2020 às 11:06

As exportações de bens caíram 7,3% em julho, quando comparadas com o mesmo mês de 2019. Apesar do comportamento negativo, a queda foi menor do que a que tinha sido registada em junho. As importações também atenuaram o comportamento negativo, mas menos, verificando-se assim uma redução do défice comercial de bens. Os dados foram publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Do lado das exportações, verifica-se um alívio das perdas. Segundo o INE, a categoria de bens com a maior contração foi a de combustíveis e lubrificantes (que recuou 59,5%). Estes bens apresentam geralmente uma maior variação de preços e os dados agora publicados não estão corrigidos desse efeito, pelo que devem ser lidos com alguma cautela. Excluindo os combustíveis e lubrificantes das contas, as vendas ao exterior teriam contraído apenas 4,1%. A segunda categoria com maior perda foi a de fornecimentos industriais, que contraiu 10%.

Numa análise trimestral, verifica-se igualmente um abrandamento das perdas: no trimestre terminado em julho a contração das exportações foi de 19,2%, menos do que os 30,6% de queda verificados no período de abril a junho.

Comparando julho com junho, as exportações cresceram 17%, mas o INE avisa que esta subida tão expressiva poderá estar relacionada com o facto de julho ter mais três dias úteis do que junho, o que prejudica a comparação.

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Exportações caíram 7,3% em julho, menos do que no mês anterior

Do lado das importações, verificou-se também um abrandamento das perdas, mas menos significativo. As compras lá fora continuam a cair a pique: 21,2%. Em junho, a queda tinha sido de 22,6%. As categorias que registaram um comportamento mais negativo foram a de material de transporte (-37,5%) e de combustíveis e lubrificantes (-53%). Excluindo esta última categoria, a queda das importações foi, ainda assim, de 17%.

Olhando ao trimestre, a queda das importações atingiu os 28% (no trimestre terminado em junho tinha sido de 34,2%) e em termos mensais a subida foi de 11,8%.

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Exportações caíram 7,3% em julho, menos do que no mês anterior

Como consequência de uma queda maior das importações, do que das exportações, o défice comercial corrigiu-se em 1.147 milhões de euros, face ao valor registado no mesmo mês de 2019. Em julho deste ano, o défice foi de 716 milhões de euros. 

Exportações para França recuperam ligeiramente

As exportações continuaram a cair para quase todos os principais destinos dos bens portugueses em julho. A exceção foi França, para onde se registou uma subida ligeira, de 1,1% das vendas. Segundo o INE, esta melhoria ficou a dever-se "principalmente à evolução dos bens de consumo".

Já para Espanha, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, as exportações continuaram a contrair. As vendas para os Estados Unidos foram particularmente negativas, com uma contração de 17,9%, "devido aos decréscimos das exportações sobretudo de combustíveis e lubrificantes", indica o boletim do INE.

(Notícia atualizada às 11:34, com mais informação)

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