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Exportações de bens já quase não caíram em setembro

As exportações de bens abrandaram a queda em setembro. Porém, as importações continuam a registar uma contração acentuada.

Paulo Duarte
09 de Novembro de 2020 às 11:05

As exportações de bens já quase não caíram em setembro, quando comparadas com o mesmo mês de 2019. Os dados revelados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que as vendas de produtos portugueses ao exterior contraíram apenas 0,4%. Já as importações continuam a cair a um ritmo acentuado, tendo recuado 9,9%.

Os dados de setembro mostram que descontando a categoria dos combustíveis e lubrificantes, cujos preços estão em fortíssima queda face a 2019 e prejudicam a análise (uma vez que estes valores não estão corrigidos da variação dos preços), houve um pequeno aumento das exportações, de 0,2%. Também as importações tiveram um comportamento menos negativo: excluindo esta categoria a queda foi de 5,8%.

Ainda assim, como as compras ao exterior caíram mais do que as vendas, o défice comercial voltou a encolher face ao mesmo mês de 2019, diminuindo 643 milhões de euros para 1.088 milhões de euros.

Exportações de bens já quase não caíram em setembro

Desde maio que as exportações têm vindo a recuperar, de mês para mês, reduzindo a quebra verificada face a 2019. Em abril, quando Portugal e a generalidade dos seus parceiros comerciais estavam todos confinados, as vendas ao exterior colapsaram 41,3%.

Agora, a diferença face ao ano passado estava a encurtar-se, mas será preciso esperar mais alguns meses para perceber o impacto da segunda vaga de covid-19 e das medidas de contenção do vírus que têm vindo a ser tomadas por vários países europeus – o principal mercado da economia portuguesa.

Mais máquinas vendidas

Uma das categorias de bens que vendeu mais em setembro deste ano, do que no mesmo mês de 2019, foi a de máquinas e outros bens de capital, que aumentou 12,1%. Este comportamento é um bom sinal sobre o andamento do investimento. A exportação de produtos alimentares e bebidas também cresceu (em 5,2%), maioritariamente para Espanha. Aliás, no total as vendas para a economia espanhola aumentaram 6,7%. 

O material de transporte também recuperou, à exceção da sub-categoria que inclui os aviões, onde foram registadas fortes quedas.

Nas importações, a principal queda registou-se nos combustíveis e lubrificantes, nomeadamente vindos de Angola. Também houve uma contração na categoria dos aviões, o que fez contrair as importações de França. 

(Notícia atualizada às 11:35)

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