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Famílias devem chegar a 2023 com mais 17.500 milhões acumulados em poupanças, antevê BdP

A pandemia de covid-19 e a incerteza por ela provocada levou as famílias em Portugal a guardar uma fatia maior do seu rendimento disponível. Em 2023, a riqueza acumulada deverá representar uma almofada financeira adicional, calcula o Banco de Portugal.

pessoas mascara covid pandemia virus esplanada fechada
pessoas mascara covid pandemia virus esplanada fechada Duarte Roriz
16 de Junho de 2021 às 13:11

As famílias em Portugal deverão chegar a 2023 com uma almofada financeira adicional de 17.500 milhões de euros, face ao que era esperado caso não tivesse havido pandemia de covid-19. Os cálculos são do Banco de Portugal e sugerem que um comportamento de consumo mais agressivo por parte das famílias poderá levar a um crescimento superior nos próximos anos.

"Se compararmos a poupança que projetávamos em dezembro de 2019 com a que temos hoje e esperamos ter até 2023, nestes quatro anos temos um aumento face à projeção de 2019 de 17.500 milhões de euros de poupança acumulada", explicou Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, na apresentação do Boletim Económico de junho, esta quarta-feira em Lisboa.

O governador concretizou que estes 17,5 mil milhões de euros representam 11,9% do rendimento disponível e explicou que a projeção de crescimento que a instituição faz para a economia portuguesa nos próximos anos assume que estas verbas não serão transformadas num consumo acima do que são os níveis habituais da economia portuguesa. Assim, se os consumidores adotarem antes um comportamento mais agressivo, esta "almofada", conforme lhe chamou Centeno, pode traduzir-se em mais crescimento do que o agora esperado. 

Seja como for, por enquanto não é essa a expectativa, até porque a propensão para consumir a partir da riqueza acumulada é menor do que a de consumir o rendimento regular e "não há nenhuma previsão" de que este padrão se altere. "Projetamos uma reversão das taxas para os níveis anteriores à crise", adiantou ainda o ex-ministro das Finanças.

Desde que a pandemia atingiu o país, a taxa de poupança das famílias aumentou para níveis históricos, um comportamento justificado tanto por impedimento de consumo, provocado pela adoção de medidas de confinamento, como por cautela adicional, face à incerteza da evolução da situação sanitária e económica.

Seja como for, por enquanto não é essa a expectativa, até porque a propensão para consumir a partir da riqueza acumulada é menor do que a de consumir o rendimento regular e "não há nenhuma previsão" de que este padrão se altere. "Projetamos uma reversão das taxas para os níveis anteriores à crise", adiantou ainda o ex-ministro das Finanças.

Desde que a pandemia atingiu o país, a taxa de poupança das famílias aumentou para níveis históricos, um comportamento justificado tanto por impedimento de consumo, provocado pela adoção de medidas de confinamento, como por cautela adicional, face à incerteza da evolução da situação sanitária e económica.

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