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Indicador de clima económico melhora em junho. Confiança dos consumidores estabiliza

Inquéritos de conjuntura do INE revelam uma melhoria na confiança dos empresários e gestores em junho, mesmo com a guerra comercial com os Estados Unidos e a atual instabilidade geopolítica. Confiança dos consumidores estabilizou.

Confiança das famílias estabilizou em junho, enquanto a confiança das empresas aumentou.
Confiança das famílias estabilizou em junho, enquanto a confiança das empresas aumentou.
27 de Junho de 2025 às 09:48

Apesar da instabilidade geopolítica e da guerra comercial com os Estados Unidos, a confiança das empresas aumentou em junho, segundo os divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já a confiança dos consumidores estabilizou, após ter melhorado no mês anterior.

Os inquéritos do INE, realizados entre os dias 2 e 23 de junho, revelam que as empresas e os consumidores aparentam não estar muito preocupados com o agravamento das tensões geopolíticas no Médio Oriente, que se somam à guerra na Ucrânia. Parecem estar também , depois de os indicadores de confiança terem caído aquando da entrada em vigor dessas tarifas, em abril.

O indicador de clima económico – que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas (indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços) – aumentou de 2,7 pontos para 2,8 em junho, "prolongando o movimento ascendente observado nos dois meses anteriores".

A confiança aumentou em todos os setores de atividade considerados, com exceção do comércio. Nesse setor, o indicador de confiança diminuiu de 1,9 pontos para 0,8 em junho, prolongando a deterioração de confiança observada nos últimos quatro meses. Nos últimos dois, o indicador tem estado a refletir os "contributos negativos das opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks atual".

Nos serviços, o indicador de confiança inverteu a tendência decrescente observada nos três meses anteriores e aumentou de 12 pontos para 13,9 em junho, com os contributos positivos das apreciações sobre a atividade da empresa e das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas. Por outro lado, as perspetivas em relação à evolução da procura estabilizaram. 

Na indústria, o indicador de confiança aumentou "moderadamente" entre fevereiro e junho, segundo o INE, passando de valores negativos a rondar os -5 pontos para -3,5 em junho. Para essa melhoria ligeira contribuíram as opiniões sobre a evolução da procura global e as perspetivas de produção. Na construção, a melhoria de 4,8 pontos para 5,7, deveu-se ao contributo positivo das perspetivas de emprego.

No que toca aos consumidores, o indicador de confiança estabilizou nos -16 pontos em junho, após ter aumentado em maio. "A evolução observada no último mês resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução passada e das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar, tendo as expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país também registado um contributo positivo, porém muito ligeiro", revela o INE.

Em sentido contrário, os consumidores estão mais pessimistas em relação à evolução futura de realização de compras importantes.

(notícia atualizada às 10:16)

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