Indicadores de conjuntura até fevereiro com sinais de melhoria
Atividade económica dos setores da indústria e da construção, despesa dos consumidores, inflação: principais indicadores de conjuntura do INE já disponíveis apontam para uma melhoria nos primeiros dois meses deste ano.
Os principais indicadores de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE) que já existem para o primeiro trimestre revelam sinais de melhoria: a atividade da indústria e da construção acelerou, o consumo das famílias aumentou e a subida dos preços abrandou.
"Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para janeiro, apontam para uma aceleração na indústria, em volume e valor, e na construção, em termos reais, e para um abrandamento nos serviços em termos nominais", descreve nesta sexta-feira, 17 de março, o INE.
Já na perspetiva da despesa, o "indicador quantitativo de síntese de consumo privado aumentou em janeiro, enquanto o indicador de investimento registou uma diminuição".
De acordo com o INE, o indicador de atividade económica "aumentou intensamente em janeiro", após ter diminuído em termos homólogos em novembro e dezembro, e o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em janeiro e fevereiro, após ter estabilizado no mês anterior.
Subida de preços abranda, mas continua elevada
Também no que diz respeito aos preços há notícias animadoras.
Em Portugal, o índice de preços na produção da indústria transformadora continuou a desacelerar (pelo sétimo mês consecutivo) em fevereiro. No entanto, excluindo a componente energética, este índice aumentou 10,6% em termos homólogos (12,4% em janeiro).
Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 8,2% em fevereiro, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior.
Pela negativa, os preços dos produtos alimentares continuaram a acelerar em fevereiro, passando de uma variação homóloga de 18,5%, em janeiro, para 20,1%, a taxa mais elevada desde maio de 1990.
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