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Verão mais forte leva ISEG a rever em alta crescimento do PIB para este ano

Previsão para o conjunto do ano passa para um intervalo entre 1,8% e 1,9%, aproximando-se da meta do Governo, depois de um terceiro trimestre com melhor desempenho do que o esperado.

Economia acelerou 0,8% no terceiro trimestre do ano.
Economia acelerou 0,8% no terceiro trimestre do ano. DR
07:00

A economia portuguesa deverá crescer, em termos reais, entre 1,8% e 1,9% este ano, de acordo com a projeção da CIP/ISEG divulgada nesta segunda-feira, 1 de dezembro. Esta revisão em alta de 0,1 pontos percentuais decorre do desempenho mais robusto da atividade económica no terceiro trimestre deste ano.

Na passada sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou uma variação homóloga do produto interno bruto (PIB) de 2,4% e uma aceleração em cadeia de 0,8%, que tinha divulgado no final de outubro. O Grupo de Análise Económica do ISEG, em parceria com a CIP – Confederação Empresarial de Portugal – e que ainda usou os dados da estimativa rápida, aponta agora para um crescimento do PIB entre 1,8% e 1,9%, um intervalo que coloca a expansão da atividade mais próxima da meta do Governo de 2% para o conjunto de 2025.

Trata-se de um efeito mecânico, refere a nota do ISEG. “O crescimento em cadeia do PIB no terceiro trimestre duas décimas acima da previsão CIP/ISEG implica aritmeticamente a revisão da projeção para o crescimento da economia portuguesa em 2025 em 0,1 ponto percentual, para o intervalo de 1,8% a 1,9%”, lê-se na Síntese de Conjuntura.

1,9%PIB
O ISEG aponta para um crescimento máximo de 1,9% do PIB para o conjunto deste ano, aproximando-se da meta de 2% do Governo.

Para o último trimestre do ano, que abrange o período das festividades, “prevalece a perspetiva de novo crescimento em cadeia, embora a um ritmo inferior ao observado no 3.º trimestre”, refere o ISEG. Já em termos homólogos, o final do ano deverá registar um desempenho menos robusto dados os efeitos base do crescimento excecional no final do ano passado. Recorde-se que o bónus das pensões e os acertos nas tabelas de retenção na fonte do IRS foram aplicados nos meses de setembro, outubro e nalguns casos em novembro.

Os indicadores já disponíveis para o final do ano, são ainda escassos, e na maior parte dos casos apenas para o mês de outubro. Por exemplo, para a evolução do consumo de cimento, “a expectativa é de que o desempenho muito positivo do setor registado no terceiro trimestre tenha continuidade no último trimestre de 2025.”

Em relação à procura interna, que, como confirmado pelo INE, suportou o PIB no terceiro trimestre, o ISEG refere que “os indicadores relativos ao mercado de trabalho, com destaque para o crescimento das remunerações e a estabilização da taxa de desemprego, suportam a perspetiva de um desempenho positivo do consumo privado.” Quanto ao investimento, a “execução das verbas previstas ao abrigo do PRR e o prolongamento da recente dinâmica do setor da construção (responsável, em 2024, por 52,4% da FBCF – formação bruta de capital fico) deverão traduzir-se num reforço do ritmo de crescimento do investimento público e privado.”

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