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Zona Euro "perto da estagnação" em outubro. PMI aponta para contração no 4.º trimestre

O indicador da IHS Markit para o andamento da economia da Zona Euro antecipa que haja uma contração no quarto trimestre.

União Europeia Zona Euro
União Europeia Zona Euro Reuters
06 de Novembro de 2019 às 10:39

O PMI compósito – que mede a atividade da indústria e dos serviços – fixou-se em 50,6 pontos em outubro, ligeiramente acima dos 50,1 pontos fixados em setembro, segundo os dados publicados esta quarta-feira, 6 de novembro, pela IHS Markit.

Apesar da melhoria, este número continua a ser um dos mais baixos em mais de seis anos e a economia da Zona Euro mantém-se "perto da estagnação" há dois meses. A linha dos 50 pontos diferencia o crescimento (acima de 50) da contração (abaixo de 50) da economia. 

Neste momento, o crescimento dos serviços ainda é demasiado fraco para conseguir compensar a forte desaceleração na indústria e a queda geral da atividade económica na Alemanha. Entre os países da Zona Euro, França é a que leva a melhor com um crescimento "sólido", ao passo que Espanha e Irlanda travaram a fundo.

Para o economista-chefe da consultora, Chris Williamson, a queda gradual das novas encomendas na Zona Euro sugere que "os riscos estão atualmente alinhados para que haja uma contração no quarto trimestre".

"Ainda que o PMI de outubro seja consistente com um crescimento trimestral do PIB de 0,1%, os dados avançados apontam para uma possível queda da produção económica no quarto trimestre", conclui Williamson.

União Europeia Zona Euro
Zona Euro "perto da estagnação" em outubro. PMI aponta para contração no 4.º trimestre

A IHS Markit considera que as perspetivas futuras dependerão dos temas geopolíticas que estão a contribuir para este desempenho da economia europeia. Desde logo, um dos fatores mais importantes será a assinatura de um acordo comercial parcial entre os EUA e a China, o que permitirá reduzir alguma da incerteza.

"Nós estaremos atentos para ver a primeira reunião de política monetária de Christine Lagarde a 12 de dezembro e avaliar qual o apetite em relação a novos estímulos do Banco Central Europeu (BCE)", refere o economista-chefe da IHS Markit, recordando que é preciso tempo para que o pacote de estímulos aprovado em setembro comece a ter efeito na economia. 

No entanto, Chris Williamson admite que, se os dados que chegarem continuarem a desiludir, "mais ação" será necessária "no início do próximo ano".

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