Caso de covid-19 fecha fábrica do patrão do vestuário em Gaia

A unidade industrial da Calvelex nos Carvalhos, que emprega cerca de 300 pessoas, foi encerrada durante duas semanas pela Direção Geral de Saúde. César Araújo garante que “é mais seguro estar dentro do que fora da fábrica”.
calvelex, gaia
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António Larguesa e Rui Neves 08 de Abril de 2020 às 12:45

A fábrica da Calvelex nos Carvalhos, no concelho de Vila Nova de Gaia, foi encerrada esta quarta-feira, 8 de abril, por decisão das autoridades de saúde, depois de ter sido confirmado, pelo menos, um caso de covid-19 entre os trabalhadores.

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Ao Negócios, o presidente do grupo de vestuário, César Araújo, confirmou que "a delegada [local] de saúde fez a avaliação do risco e concluiu que durante 14 dias [devia] encerrar" esta unidade industrial com 3.500 metros quadrados e capacidade para fazer 600 peças por dia.

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Apesar de empregar aproximadamente 300 pessoas nesta fábrica especializada na produção de blazers e casacos, seja por outros casos de baixas médicas ou para assistência aos filhos, mais de metade já não estava a laborar no último dia antes de fechar portas, em que só estiveram 142 pessoas ao serviço.

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César Araújo, que também lidera a associação nacional das indústrias do vestuário e confeção (Anivec), garante que a Calvelex adotou medidas de contingência para "tentar minimizar ao máximo a possibilidade de contaminação", reforçando que "é mais seguro [estar] dentro do que fora da fábrica".

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Além da lavagem das mãos com álcool gel e da utilização de máscaras no horário de trabalho, que foi imposta nos últimos dias, as unidades industriais do grupo – está também em Lustosa (Lousada) e Matosinhos – passaram a ser desinfetadas duas a três vezes por dia, com "equipas de seis pessoas em cada fábrica a fazer esta limpeza".

 

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Segundo o despacho do Governo, os trabalhadores que "se encontrem impedidos, temporariamente, do exercício da sua atividade profissional por ordem da autoridade de saúde, devido a perigo de contágio" têm equiparação a "doença com internamento hospitalar". Não podendo trabalhar a partir de casa, têm direito ao pagamento do salário a 100% a partir do primeiro dia, durante 14 dias, assegurado pela Segurança Social.

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Com as encomendas paradas e as lojas de roupa de portas fechadas, César Araújo contou que a Calvelex já está a trabalhar nas coleções e nas amostras para a estação primavera/verão de 2021. "Não estou a exportar nada e estamos a laborar dentro do possível. Enquanto puder, aguentarei sem ‘lay-off’, mas o nosso dinheiro é finito", desabafou o empresário nortenho.

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