Caso de covid-19 fecha fábrica do patrão do vestuário em Gaia
A fábrica da Calvelex nos Carvalhos, no concelho de Vila Nova de Gaia, foi encerrada esta quarta-feira, 8 de abril, por decisão das autoridades de saúde, depois de ter sido confirmado, pelo menos, um caso de covid-19 entre os trabalhadores.
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Ao Negócios, o presidente do grupo de vestuário, César Araújo, confirmou que "a delegada [local] de saúde fez a avaliação do risco e concluiu que durante 14 dias [devia] encerrar" esta unidade industrial com 3.500 metros quadrados e capacidade para fazer 600 peças por dia.
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Apesar de empregar aproximadamente 300 pessoas nesta fábrica especializada na produção de blazers e casacos, seja por outros casos de baixas médicas ou para assistência aos filhos, mais de metade já não estava a laborar no último dia antes de fechar portas, em que só estiveram 142 pessoas ao serviço.
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César Araújo, que também lidera a associação nacional das indústrias do vestuário e confeção (Anivec), garante que a Calvelex adotou medidas de contingência para "tentar minimizar ao máximo a possibilidade de contaminação", reforçando que "é mais seguro [estar] dentro do que fora da fábrica".
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Além da lavagem das mãos com álcool gel e da utilização de máscaras no horário de trabalho, que foi imposta nos últimos dias, as unidades industriais do grupo – está também em Lustosa (Lousada) e Matosinhos – passaram a ser desinfetadas duas a três vezes por dia, com "equipas de seis pessoas em cada fábrica a fazer esta limpeza".
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Segundo o despacho do Governo, os trabalhadores que "se encontrem impedidos, temporariamente, do exercício da sua atividade profissional por ordem da autoridade de saúde, devido a perigo de contágio" têm equiparação a "doença com internamento hospitalar". Não podendo trabalhar a partir de casa, têm direito ao pagamento do salário a 100% a partir do primeiro dia, durante 14 dias, assegurado pela Segurança Social.
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Com as encomendas paradas e as lojas de roupa de portas fechadas, César Araújo contou que a Calvelex já está a trabalhar nas coleções e nas amostras para a estação primavera/verão de 2021. "Não estou a exportar nada e estamos a laborar dentro do possível. Enquanto puder, aguentarei sem ‘lay-off’, mas o nosso dinheiro é finito", desabafou o empresário nortenho.
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