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Governo com "luz verde" para avançar para 2.ª fase do desconfinamento

Os dados divulgados pela DGS mostram que a incidência em Portugal continental baixou para 62,4 casos por 100 mil habitantes e o R(t) subiu de 0,93 para 0,94, mantendo-se abaixo do limiar de 1. Falta saber se o Governo irá incluir os concelhos com incidência mais elevada no alívio das medidas.

António Costa desconfinamento
António Costa desconfinamento Lusa
31 de Março de 2021 às 15:24

Os dados revelados esta quarta-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS) mostram que os indicadores que compões a "matriz de desconfinamento" de António Costa se mantêm no quadrante que permite prosseguir com o calendário do desconfinamento. O Governo decida esta quinta-feira as medidas a aplicar a partir de 5 de abril.

Tal como o Negócios noticiou, os dados que servirão de base para a tomada de decisão sobre a segunda fase do desconfinamento têm, no entanto, um atraso temporal considerável. Os números hoje divulgados reportam-se à passada sexta-feira, 26 de março, e as séries para o cálculo quer da incidência quer do R(t) recuam 14 dias. Assim, o Executivo irá decidir com dados que abrangem ainda os últimos dias de confinamento.

O R(t) em Portugal continental - a Madeira e Açores não seguem a matriz de desconfinamento e o plano desenhado pelo Governo apenas se aplica no Continente - subiu ligeiramente, passando de 0,93 a 24 de março para 0,94. 

Já a incidência, segundo os dados divulgados pela DGS, desceu de 63,4 para 62,4 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias no Continente.

António Costa desconfinamento
Governo com "luz verde" para avançar para 2.ª fase do desconfinamento

Na passada sexta-feira, a ministra de Estado e da Presidência tinha reforçado que a matriz não era "estanque" e que com incidências mais baixas era possível um R(t) ligeiramente superior a 1 mantendo-se o país no "verde". Mariana Vieira da Silva indicou também que uma eventual pausa no desconfinamento seguiria uma "hierarquia", sendo que as escolas seriam "as últimas a encerrar e as primeiras a reabrir".

O Governo reiterou ao Negócios que eventuais pausas ou recuos no desconfinamento seriam decididos com base local, considerando os municípios com incidência mais elevada, bem como a dos concelhos limítrofes.

Os dados mais recentes da DGS, que abrangem o período de 10 a 23 de março, mostravam 24 concelhos em Portugal continental acima do limiar de 120 casos por 100 mil residentes. Destes, sete - Alcoutim (417), Moura (386), Odemira (336), Belmonte (297), Marinha Grande (293), Rio Maior (280) e Figueiró dos Vinhos (269) - superavam mesmo o limite de 240 casos, que os colocaria no "vermelho".

O que está em jogo?

O plano de desconfinamento apresentado por António Costa a 11 de março prevê para 5 de abril o reinício das aulas presenciais para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, bem como para as ATLs para as mesmas idades, a reabertura de museus, monumentos, palácios e galerias de arte, a reabertura de lojas até 200 m2 com porta para a rua, a reabertura de esplanadas, com um limite de quatro pessoas por mesa, a retoma de modalidades desportivas de baixo risco e a autorização para atividade física ao ar livre até 4 pessoas e ginásios sem aulas de grupo.

A 5 de abril, no entanto, ainda vigorará a proibição de circulação entre concelhos instaurada desde a passada sexta-feira, 26 de março, por ocasião da Páscoa.

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