Oligarcas sancionados estarão a esconder fortunas em obras de arte
Apesar de a arte ser abrangida pelas sanções a Moscovo, estará a ser usada por fortunas russas para escapar ao boicote. Economistas como Thomas Piketty, Gabriel Zucman ou Joseph Stiglitz pedem aos países do G20 que adotem novas medidas.
- Partilhar artigo
- ...
As sanções à Rússia continuam a alastrar-se pelo mundo ocidental, como uma onda de impacto que atinge todos os setores. A arte e a cultura não são exceção. As grandes leiloeiras juntaram-se ao coro de empresas que fecharam a porta a Moscovo, com a Sotheby’s, a Christie’s e a Bonhams a cancelarem os leilões de arte russa nas suas sessões em Londres. Também o Teatro Real de Espanha, uma das maiores casas de ópera na Europa, suspendeu as apresentações de Ballet Bolshoi. Várias orquestras recusaram-se a tocar compositores russos. A Universidade de Milão chegou a cancelar um curso dedicado ao escritor russo Fiódor Dostoiévski. E, em Moscovo, o grande edifício de exposições GES-2 – o equivalente russo ao britânico Tate Modern – tem estado de salas vazias, sem autores ocidentais disponíveis para mostrar as suas obras no país.
Mais lidas