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Tóquio apresenta o primeiro museu de arte totalmente digital e psicadélico

No MORI Building Digital Art Museum, em Tóquio, a arte é garantida pela luz e pelo espaço. Os visitantes caminham por um labirinto de salas escuras e vazias.

08 de Julho de 2018 às 13:00

Toque por favor.

O espaço anunciado como o primeiro o museu do mundo totalmente digital mistura galeria de arte, parque de diversões e, para alguns, casa de terror.

Faltam algumas coisas que normalmente se vêem num museu de arte: não há mapas, descrições ou cartazes a solicitar que o público mantenha as mãos longe das obras de arte. Aliás, não há obras de arte - na forma comum de pinturas ou objectos atrás de caixas de vidro.

No MORI Building Digital Art Museum, em Tóquio, a arte é garantida pela luz e pelo espaço. Os visitantes caminham por um labirinto de salas escuras e vazias, entrando em cerca de 50 instalações caleidoscópicas que são accionadas por sensores de movimento e projectadas em todas as superfícies do espaço de exposição de cerca de 10.000 metros quadrados à espera de serem descobertas.

Sem todas as luzes, o espaço do museu seria um monte de corredores vazios com paredes pretas e piso alcatifado.

"Cada visitante pode aproveitar essa experiência à sua maneira", disse Ou Sugiyama, que dirige o museu. "O título da exposição é ’Borderless’ ["Sem limite"] e está pensada para mostrar como os trabalhos imersivos mantêm os limites entre os visitantes num estado de fluxo contínuo."

Devido a uma tecnologia de mapeamento de projecção, as obras de arte reagem ao movimento e ao toque, convidando os visitantes a imaginar que possuem novos superpoderes.

"Com a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, queríamos oferecer ao mundo algo único, tornar nossa cidade ainda mais magnética", acrescentou Sugiyama.

Tóquio apresenta o primeiro museu de arte totalmente digital e psicadélico Behrouz Mehri/Getty Images

Arte ganha vida

Numa sala chamada "Floresta das Lâmpadas", há centenas de lâmpadas penduradas em diferentes alturas sobre um piso espelhado. Quando os visitantes chegam ao espaço, a luz espalha-se de lâmpada em lâmpada como fogo. Antes que alguém perceba, toda a sala ganha uma única cor. Uma música sinistra preenche todos os vazios que restam, gerando uma experiência de outro mundo.

Se gosta do mar, os visitantes são convidados a desenhar animais marinhos com giz de cera em pedaços de papel e depois colocá-los num scanner. Em questão de segundos, os desenhos aparecem na parede e começam a nadar com outras formas de vida marinha. Se tentar apanhar o seu peixe, ele afasta-se.

Outras obras de arte exploram a natureza e o ciclo da vida. Andando de uma instalação para outra, aparecem rãs e lagartos. Um passo errado vai esmagá-los.

Hora do chá

A casa de chá EN aguarda os visitantes cansados. Por 500 ienes extra (4,50 dólares), pode beber uma obra de arte. Depois do empregado servir o chá, espere alguns segundos e verá uma flor na chávena.

O MORI Building Digital Art Museum fica em Palette Town, Odaiba, e pode lá chegar nas linhas de comboio Rinkai e Yurikamome. Os ingressos para adultos custam 3.200 ienes (29 dólares) e para crianças 1.000 ienes (9 dólares).

Texto original: Tokyo Unveils World’s First All-Digital Psychedelic Art Museum

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