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Almirante lança candidatura “com a experiência de quem liderou em momentos difíceis”

Henrique Gouveia e Melo formalizou esta quinta-feira a sua candidatura à Presidência da República, invocando a experiência nomeadamente nos tempos do Covid e prometendo ser um presidente diferente, “que não seja um mero espetador da vida política” e que “se faça ouvir usando a palavra com contenção, substância e propriedade”.

Gouveia e Melo
Gouveia e Melo André Kosters/Lusa
29 de Maio de 2025 às 21:56

O antigo antigo chefe do Estado-Maior da Armada e ex-coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19, apresentou esta quinta-feira, em Lisboa, a sua candidatura à Presidência da República. Num discurso proferido na Gare Marítima de Alcântara, que terminou com um "conto convosco", "seremos uma força implacável" e o hino nacional em pano de fundo, Gouveia e Melo formalizou uma candidatura que já há muito tinha sido anunciada. 

"Estou aqui porque não consegui ficar de braços cruzados, amo este país e sinto que é meu dever agir, com o mesmo empenho com que servi a marinha durante 45 anos e com a mesma coragem com que jurei dar a vida pela pátria", justificou-se, garantindo que está na corrida para "defender os interesses de todos os portugueses" e que se apresenta "com a experiência de quem liderou em momentos difíceis" e "com a certeza que juntos conseguiremos ultrapassar grandes desafios". 

O almirante foi pondo a tónica na necessidade de uma "liderança forte", enquanto descrevia o que acha que deve ser um chefe de Estado. "Acredito que agora, mais do que nunca, precisamos de um Presidente diferente, capaz de nos unir, motivar e dar sentido à esperança" e "capaz de ajudar a mudar 

estável, confiável e atento, acima das disputas partidárias, longe das pressões e fiel ao povo que o elegeu"

E se nas entrelinhas se poderia aqui ler alguma crítica a Marcelo, quis também assegurar que não é sua intenção ser "um mero espetador da vida política", mas antes alguém "que se faça ouvir usando a palavra com contenção, substância e propriedade". 

"Serei um presidente que respeitará os poderes políticos, pilares fundamentais da democracia, bem como a separaçáo de poderes, tendo sempre em mente que o Presidente da República não Governa", sublinhou. 

Ao longo do seu discurso, Gouveia e Melo apelou por várias vezes a valores patriotas, invocando  o tempo em que o país ultrapassou grandes desafios. "Somos o povo que atravessou oceanos quando diziam ser impossível, que atravessou terramotos e guerras" e que "quando se uniu venceu". 

E quanto ao futuro? "Vivemos tempos difíceis, o mundo mudou e não foi para melhor", mas "o que trava está cá dentro", defendeu, falando nas "más decisões", nos "curtos ciclos políticos quando os portugueses exigem ação" ou na necessidade de reformas várias. 

Falou da pobreza, da "economia fraca", dos "jovens que partem", da morosidade nos serviços públicos. É tempo de lutarmos pelo país que merecemos, não temos de ser pobres", destacou. 

"Sei que podemos mais", insistiu. "Estou aqui para vos convocar", está "na hora de cumprir, de reformar e de realizar", um país "onde os jovens tenham futuro" onde "saúde, habitação e educação sejam direitos e não privilégios", um país "justo, próspero e solidário", com "vóz própria e respeitado no mundo". 

"Venho animado com vontade de servir e unir. Aprendi no mar que, perante a tempestade, nunca se desiste, nunca se baixa os braços", rematou.

(notícia atualizada com mais informação)

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