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António Saraiva: "Como cidadão admito que haja especulação nalguns setores"

O presidente da CIP, António Saraiva, diz que de uma forma geral as empresas absorveram a subida de preços, mas também refere que há casos em que os custos já aliviaram mas os preços não caíram.

António Saraiva CIP CC
António Saraiva CIP CC Miguel Baltazar
26 de Fevereiro de 2023 às 12:00

Sublinha que não tem "bases objetivas" para o afirmar, mas enquanto "cidadão" e "consumidor" António Saraiva, presidente da CIP, admite que haja especulação nalguns setores.

"Não lhe consigo responder em rigor a isso. Enquanto cidadão admito que sim, perceciono que sim. Bases objetivas para lhe dizer que sim sinceramente não tenho, mas não deixo de responder: enquanto cidadão, enquanto consumidor acho que sim, acho que há aqui algum aproveitamento deste efeito inflacionista que todos estamos a sofrer", diz António Saraiva, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

Ao longo da entrevista, António Saraiva afirma que de uma forma geral as empresas amorteceram os efeitos da inflação, mas reconhece que nalguns casos os custos aliviaram e os preços não caíram.

"É certo que nalgumas tipologias os preços aumentaram e baixando algumas das variáveis [de custos] não reduziram os preços. É uma questão que de facto deveria ser revista".

Contudo, António Saraiva também acrescenta que algumas empresas continuam a aumentar os preços porque o fizeram faseadamente, e ainda estão a refletir o aumento de custos.

De uma forma geral, "as empresas amorteceram muito os custos que sofreram e, se não o tivessem feito, os efeitos da inflação seriam muito superiores aos que temos hoje".

Em janeiro, a taxa de inflação homóloga diminuiu para 8,4%, menos 1,2 pontos do que no mês anterior, o que significa que os preços continuam a aumentar, mas um pouco menos.

Os produtos alimentares e bebidas não alcoólicas estavam em janeiro a subir 20,6%.

A variação média dos últimos doze meses, que geralmente serve de referência para aumentos salariais, foi de 8,2%. O salário mínimo subiu 7,8% em janeiro (em linha com a inflação média registada em dezembro) e o acordo de rendimentos e competitividade tem como orientação subidas de 5,1%, o que implica perda de poder de compra. 

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