Bagão Félix: PIB poderá crescer menos sem OE 2022, mas défice também pode cair
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o economista e ex-ministro das Finanças de Santana Lopes reconhece que a execução mensal ficará limitada com o regime de duodécimos, mas salienta que o importante é que a crise política não se arraste por muito tempo.
O economista e ex-ministro das Finanças António Bagão Félix considera que a economia portuguesa poderá crescer menos sem o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE 2022). Ainda assim, em entrevista ao Negócios e à Antena 1, diz que o regime de duodécimos não tem só desvantagens e que o défice também pode cair.
"A não aprovação do orçamento pode retirar alguma percentagem de crescimento do PIB. Tem essas consequências laterais mas que também são importantes. O que é certo é que, no atual contexto, um regime provisório, limitado, de duodécimos é uma maneira de diminuir o défice", explica António Bagão Félix.
Reconhecendo que o Governo terá uma execução mensal limitada a 1/12 da despesa executada em 2021, Bagão Félix sublinha que "algum período de gestão orçamental pública com base no ano anterior, de 2022 com base no de 2021, não tem só desvantagens" e que o importante é que a crise política não se arraste por muito tempo.
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