BCP deve voltar aos lucros no primeiro trimestre
O banco agora liderado por Nuno Amado terá terminado os primeiros três meses do ano com um resultado líquido positivo de 32 milhões de euros, depois dos prejuízos obtidos no exercício de 2011.
“O capital vai estar no centro das atenções com os investidores a esperarem que o banco revele o seu plano de capital”, referem os analistas Carlos Peixoto e Gonçalo Guarda Garcia, na nota diária do BPI. Este banco de investimento estima necessidades de capital na ordem dos 2,26 mil milhões de euros.
O BPI antecipa um resultado líquido de 32 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 64,4% face aos 90 milhões de euros obtidos em igual período do ano passado. Contudo, este valor representa uma melhoria face aos resultados líquidos negativos de 946 milhões de euros registados no último trimestre de 2011.
Os resultados do banco terão sido pressionados por uma “fraca performance da margem financeira e os elevados custos com aprovisionamento”. A margem financeira terá recuado 7% face ao trimestre anterior e 11% em relação ao período homólogo. Este indicador ter-se-á fixado nos 357 milhões de euros.
Quanto ao financiamento junto do Banco Central Europeu (BCE), o BPI prevê que este tenha atingido os 15 mil milhões de euros, acima dos 12,7 mil milhões de euros relativos ao final do ano passado, mas em linha com os 14,7 mil milhões de euros que apresentava há um ano.
Quanto às provisões, o BPI antecipa um crescimento homólogo de 24%.
Embora a avaliação pareça “atractiva”, “as sombrias perspectivas macroeconómicas do mercado doméstico, a desalavancagem e a falta de visibilidade em relação aos planos de recapitalização do banco e o seu impacto na rentabilidade levam-nos a manter uma posição conservadora em relação ao título”, sublinha o BPI.
O BPI avalia as acções do BCP em 0,18 euros e recomenda “manter”. As acções do banco seguem inalteradas nos 0,106 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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