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Boicote às bombas com expressão "quase nula"

O boicote de hoje ao abastecimento de combustíveis, convocado pela DECO, está a ter uma expressão "quase nula", disse à Agência Lusa o presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustível (ANAREC), Augusto Cymbron.

27 de Setembro de 2008 às 16:15

O boicote de hoje ao abastecimento de combustíveis, convocado pela DECO, está a ter uma expressão "quase nula", disse à Agência Lusa o presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustível (ANAREC), Augusto Cymbron.

O protesto da Associação de Defesa do Consumidor DECO, que começou às 00:00 de hoje, contra a actual situação do mercado pretende que as petrolíferas façam repercutir no preço de venda ao público as reais variações dos preços das matérias-primas.

"A acção de protesto convocada pela DECO está a ter uma expressão quase nula", disse à Lusa o presidente da ANAREC, salientando que contactou diversos revendedores associados de todo o país, que lhe transmitiram que os postos de venda de combustível estão a ter um movimento "normal".

"Em Braga, Vila do Conde, Mindelo, Leiria, Abrantes, Amadora e Montemor o movimento não foi afectado", afirmou Augusto Cymbron realçando que em apenas dois revendedores associados da ANTRAM, com postos em Aveiro, admitem que o movimento está "mais fraco"

"Numa das bombas, está a ser um sábado fraco, como já tem havido outros, e outra está a registar uma quebra nas vendas esta manhã", afirmou Augusto Cymbron, salientando que a situação no segundo posto pode ser justificada pelo facto de ter tido "um movimento desmesurado" na sexta-feira à noite.

"No geral, hoje está toda a gente a abastecer, o que me faz crer que a adesão ao protesto não é superior a cinco por cento", acrescentou.

O presidente da ANAREC sublinhou a necessidade do governo baixar o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), afirmando que no primeiro semestre deste ano a quebra no consumo de combustíveis, provocada, em grande parte, pelas paralisações dos camionistas e dos pescadores, fez com que o Estado encaixasse menos 397 milhões de euros em receitas provenientes deste imposto do que em igual período de 2007.

"O governo tem que baixar o ISP. Tem mesmo, não há outra alternativa", defendeu Augusto Cymbron, salientando que esta seria uma forma de evitar que os portugueses deixassem de ir abastecer a Espanha.

Esta é a terceira jornada nacional de protesto da DECO - que se afirma a maior associação do país, com 380 mil membros -, depois das acções que promoveu no final da década de 1990 contra a cobrança de uma taxa de activação nas chamadas da Portugal Telecom (PT) e mais recentemente contra o pagamento de uma taxa sobre a utilização do Multibanco.

A esta acção de protesto juntaram-se a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), criada na sequência da paralisação dos camionistas, em Junho, a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN).

As duas associações de taxistas portuguesas recusaram aderir ao protesto da DECO e colocam em causa a eficácia da acção.

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