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Câmara de Lisboa estaciona vidrão em lugar de deficiente

Paula Martins, portadora de deficiência física, não conseguiu, esta terça-feira, estacionar o seu automóvel no lugar a que tem direito, junto da sua residência, em Lisboa, porque o espaço estava ocupado por um vidrão.

31 de Julho de 2019 às 12:13

Todos os dias somos confrontados, sobretudo via redes sociais, com fotos que denunciam condutores que estacionam em lugares destinados a pessoas portadoras de deficiência.

Uma atitude que, além de socialmente censurável, está tipificada no Código da Estrada como uma contraordenação grave e punida com multa pecuniária, que varia entre os 60 e os 300 euros, além de ao infrator ser aplicada uma sanção acessória de retirada de dois pontos na sua carta de condução.

E se uma autarquia do país decidir instalar um vidrão num lugar reservado a deficientes? Situação impossível?

Paula Martins, portadora de deficiência, "não queria acreditar" no cenário que encontrou, esta terça-feira, 30 de julho, quando chegou ao seu lugar de estacionamento, situado em Alcântara, Lisboa.

"Ontem, quando cheguei a casa, pelas 20 horas, deparei-me com um vidrão no meu lugar de estacionamento", contou ao Negócios.

"Liguei para a Polícia Municipal e o Sr. agente ficou com o registo da ocorrência, tendo devolvido a chamada poucos minutos depois a dizer que contactou os serviços da recolha de lixo e que tinha indicação de que iriam tentar passar durante a noite para retirar o vidrão", relatou Paula Martins, adiantando que, através de um seu amigo, o presidente da autarquia terá sido informado da ocorrência via Messenger.

Uma situação que, "para além de absurda, implicou ter que procurar estacionamento noutro local e com menor acessibilidade", lamentou Paula Martins.

"Só hoje, pelas 8:45 horas, é que vieram retirar o vidrão", confirmou, tendo cedido ao Negócios fotos que documentam a instalação e a retirada deste equipamento.

vidrão DR

"É óbvio para mim que esta situação é consequência da ignorância de uma pessoa, mas a falta de soluções imediatas já depende da limitação de várias organizações", observou Paula Martins.

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