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CGTP: "Viragem à direita" é "negativa" e impõe mobilização acrescida dos trabalhadores

A central sindical lamenta que os resultados eleitorais evidenciem "a votação nas forças mais reacionárias e de extrema-direita".

Tiago Oliveira CGTP
Tiago Oliveira CGTP LUSA_EPA
19 de Maio de 2025 às 15:10

A CGTP-IN considerou esta segunda-feira que a "viragem à direita" determinada pelas eleições legislativas de domingo "é negativa" e "não responde aos interesses do país", exigindo uma mobilização acrescida em defesa dos salários e dos direitos dos trabalhadores.

"É fundamental a intensificação da organização e mobilização dos trabalhadores na defesa dos seus interesses e direitos, pela melhoria das suas condições de vida, para a implementação de uma política que promova e garanta o aumento geral e significativo dos salários e a subida das pensões, o trabalho com direitos e o fim da precariedade, a redução do horário de trabalho e a sua regulação, o direito de contratação coletiva e da atividade sindical, mais e melhores serviços públicos", refere a central sindical em comunicado.

Segundo sustenta, "será com esta força e determinação que os trabalhadores darão resposta a ataques aos direitos e abrirão caminho para a construção de um país mais justo".

Para a CGTP, impõe-se uma "resposta efetiva" aos problemas com que os trabalhadores, as suas famílias e a população em geral estão confrontados, "fruto de décadas de política de direita", nomeadamente baixos salários e pensões, precariedade, bloqueios à contratação coletiva, degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos serviços públicos e dificuldade do acesso à habitação.

Neste contexto, salienta, "exigem-se medidas que respondam aos problemas e garantam uma maior coesão social e territorial" e "impõem-se que os direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa sejam defendidos, cumpridos e aplicados na vida dos trabalhadores e das populações, afirmando Abril".

Lamentando que as legislativas do passado domingo tenham sido "apresentadas como um ato que servia para eleger um primeiro-ministro e não 230 deputados" e tenham estado "envoltas num contexto de várias instrumentalizações, de falta de resposta aos problemas concretos dos trabalhadores e de degradação das condições de vida no país", a CGTP destaca que os resultados voltaram a evidenciar "a recusa de um cenário de maioria absoluta".

"Revelam, ainda, a AD [Aliança Democrática] como força mais votada e sobressai a votação nas forças mais reacionárias e de extrema-direita", refere.

A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, com 58 cada.

A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (nove) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.

A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante, tal como o PAN que manteve um deputado.

O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado.

Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidas em 28 de maio.

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