Como estão as relações comerciais entre Portugal e Japão?
O Japão vende mais a Portugal do que compra. A tendência é, no entanto, para a diminuição do desequilíbrio comercial. Foi pelo menos isso que aconteceu desde 2005.
O Japão fez compras a Portugal, em 2014, num total de 124,9 milhões de euros, metade do que o que conseguiu vender em bens. O desequilíbrio da balança comercial entre os dois países é clara, no entanto o fosso tem até diminuído. Em relação a 2005, o saldo negativo para Portugal diminuiu 74%.
Se em 2014, as exportações portuguesas de bens para o Japão totalizaram 124,9 milhões de euros, em 2005 foram de 87 milhões. Já as importações passaram dos 583 milhões de euros há 10 anos para os 251 milhões de euros em 2014, segundo os dados do INE.
O Japão é o 35º cliente de Portugal, respondendo por 0,26% das exportações nacionais e o 29º fornecedor da economia nipónica. Já Portugal é o 68º cliente do Japão e o 66º fornecedor.
Há pelo menos 761 empresas identificadas como exportadora para o Japão. Muitas foram na comitiva de Pedro Passos Coelho.
Os produtos agro-alimentares respondem por grande parte das exportações nacionais. Os tomates preparados ou conservados, excepto em vinagre ou em ácido acéptico, são o principal bem nacional a entrar no Japão, havendo também vários envios de químicos e máquinas e aparelhos. Já do Japão entram em Portugal essencialmente veículos e outros materiais de transporte, máquinas e aparelhos e plásticos e borracha.
Segundo a Lusa, que cita o Banco de Portugal, as exportações de serviços ascenderam a 48,6 milhões de euros no ano passado, menos 8,1% que em 2013. Já as importações subiram, o que levou a um saldo negativo para Portugal em 8,4 milhões de euros. As receitas do turismo japonês em Portugal totalizaram 21,2 milhões de euros em 2014, uma subida de 40,9% face ao ano anterior.
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