O défice orçamental francês poderá chegar aos 7,5% do PIB este ano e no próximo admitiu ontem Eric Woerth, o ministro responsável pelas contas públicas. Este é um valor que fica bem acima dos 6% que Woerth tinha considerado provável ainda há uma semana e que já ultrapassa os 5,6% de estimativa oficial.

Os governos dos países ocidentais estão a braços com uma potencial crise orçamental. Ao aumento de gasto para combater a crise, junta-se uma forte contracção das receitas públicas, com os impostos cobrados a acusarem a redução e em algumas casos contracção da actividade económica.

A nova avaliação de Woerth foi ontem anunciado pele ministro na entrevista concedida ao programa Grand Jury” da radio RTL, da televisão LCI e do jornal diário “Le Fígaro”. Este será um dos temas fortes a marcar a passagem de hoje pelo parlamento de França de Nicolas Sarkozy naquela que será a primeira intervenção de um Presidente no Congresso, já que até à revisão constitucional de Julho de 2008 tal não era possível.

Segundo o jornal “Les Echos”, Sarkozy traçará o seu plano para uma França após a crise, devendo também procurar capitalizar o bom resultado eleitorial que o seu partido obteve nas eleições europeias.