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Ministro da Economia: "Há mais investimentos estrangeiros na calha”

Manuel Caldeira Cabral considera normal que alguns investidores financeiros estejam descontentes com processo do Novo Banco e tenham feito “algum alarido na imprensa internacional”. Mas está confiante que investimento estrangeiro não vai diminuir.

manuel caldeira cabral altice aveiro
manuel caldeira cabral altice aveiro Bruno Simão
20 de Janeiro de 2016 às 14:02

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, sublinhou que não espera uma queda do investimento estrangeiro em Portugal. Aliás, de acordo com o governante, "nas próximas semanas, vamos ter vários exemplos de investimentos estrangeiros em Portugal, de empresas que mantêm a confiança não só no Governo e nas instituições portuguesas, mas nos trabalhadores".

O responsável falava à margem da apresentação oficial do Altice Labs, centro de investigação do grupo que vai ter o quartel-general em Aveiro.

Manuel Caldeira Cabral aplaudiu a iniciativa da empresa francesa, relembrando ainda que, ao contrário dos receios manifestados, a Altice reforçou o investimento em Portugal depois de comprar a dona do Meo em Junho de 2015.

"É um sinal de confiança nos nossos trabalhadores", e é um projecto "muito interessante", comentou.

Questionado sobre as declarações de Alexandre Fonseca, administrador da PT, sobre a abertura do centro de inovação em Aveiro se dever a eventuais ganhos económicos, o ministro comentou: "Ainda bem que uma empresa como a Altice acha que os nossos engenheiros estão tão bem preparados como os alemães ou franceses. É essa imagem que queremos passar, que temos pessoas capazes. O que queremos é investimentos que criem empregos", acrescentou.

O ministro confessou que não espera que "haja uma queda do investimento estrangeiro em Portugal. Temos alguns na calha, alguns estavam à espera de incentivos", como apoios comunitários, exemplificou. 

"Não há um desinteresse dos investidores financeiros em Portugal como demonstra a colocação de dívida portuguesa na última semana em que houve três vezes mais procura face à oferta e em que o 'spread' baixou", sublinhou.

No entanto, admitiu que alguns investidores financeiros tiveram processos que obviamente não foram agradáveis com o do Novo Banco. "Estão descontentes e têm feito algum alarido na imprensa internacional. Estão a fazer o seu papel. Mas não podemos acreditar que se reflicta em todos os investidores", acrescentou.

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