NATO chega a acordo para subir gastos com defesa para 5% do PIB
A declaração comum que foi aprovada nos Países Baixos diz que os aliados "reafirmam o seu firme compromisso com a defesa coletiva".
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Os líderes dos países da NATO - onde se inclui Portugal - chegaram esta quarta-feira a um acordo histórico para aumentarem os gastos com defesa para 5% do PIB e renovaram também o seu compromisso com a defesa mútua, avançou a Bloomberg. Isto num momento em que se intensificam os conflitos militares entre a Rússia e a Ucrânia e também na região do Médio Oriente.
A decisão dos 32 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, reunidos em Haia, nos Países Baixos, surge depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter criticado insistentemente os aliados europeus por gastarem pouco na área da defesa e segurança.
A declaração comum que foi aprovada esta quarta-feira diz que os aliados "reafirmam o seu firme compromisso com a defesa coletiva" e "permanecem unidos e firmes na determinação de proteger milhares de milhões de cidadãos, defender a Aliança e salvaguardar a liberdade e a democracia". O documento refere ainda que a nova meta de alocar 5% do PIB à defesa (o que implica mais do que duplicar os gastos com esta área, face aos atuais 2%) surge como uma resposta a "profundas ameaças e desafios à segurança, em particular a ameaça de longo prazo representada pela Rússia à segurança euro-atlântica e a persistente ameaça do terrorismo".
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, chegou mesmo a afirmar que o Kremlin poderá estar em condições de considerar um ataque aos países da aliança dentro de cinco anos. A declaração agora aprovada confirma o apoio da NATO à Ucrânia mas, ao contrário do ano passado, não fala sobre uma possível integração do país no bloco no futuro. Isto tendo em conta a crescente oposição de trump em continuar a fornecer armas a Kiev. Para esta quarta-feira, à margem da conferência da NATO, está marcado um encontro entre o presidente dos EUA e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskiy
A nova meta de 5% divide-se em 3,5% para gastos básicos com o setor da defesa e mais 1,5% adicionais para investimentos relacionados, incluindo infraestruturas e segurança. Com alguns países contra o aumento do orçamento destinado à defesa, como Espanha por exemplo, a NATO decidiu que "a trajetória e o equilíbrio dos gastos" serão revistos ??em 2029.
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