Em declarações à TSF, o actual presidente da Iberdrola Portugal, não quis entrar em polémicas. "Não utilizemos uma situação tão difícil quanto esta para jogar aos tiros ao alvo, não conduz a sítio nenhum nem garante a vitória de quem quer que seja".

No entanto, Pina Moura acrescenta que "o actual contexto económico não deixa alternativas: deve ser o Ministro das Finanças a gerir todas as opções financeiras".

Ainda que deva haver coordenação que "pode e deve ser melhorada", acrescenta.

De qualquer forma, Pina Moura diz que a integração de Portugal na União Económica e Monetária europeia leva a que orientações e modelos governativos tenham de ser alterados.

"O nosso modelo político e a nossa inserção como membro da UEM leva-nos a que o ministro das Finanças, por delegação do primeiro-ministro, seja quem tradicionalmente, e na situação actual, fique com a missão de coordenar, gerir e decidir as opções das políticas financeiras do Estado".

Defendendo que os fundos comunitários devem ser geridos pelas Finanças, Pina Moura lembra, no entanto, que, "na verdade, o topo do sistema governativo é o primeiro-ministro".