Falta de preparação, pouca informação e dificuldade em aceder a bens essenciais. Estas são as principais críticas dos portugueses, com 41% dos quase três mil inquiridos pelo Portal da Queixa a admitir que o Governo falhou na gestão do apagão de 28 de abril. 

Os dados recolhidos pela plataforma mostram que 84% dos portugueses tiveram na falta de acesso às comunicações a sua principal dificuldade, uma vez que houve operadoras que ficaram com as suas linhas comprometidas e outras que foram aguentando. 

Os portugueses (57%) denunciam ainda a ausência de apoio ou informação como um dos principais desafios sentidos na segunda-feira do apagão. 

Os consumidores inquiridos pelo portal admitem que a interrupção afetou o seu quotidiano - 48,2% estavam em casa e 33,2% no trabalho -, mas também a sua saúde emocional, visto que ficaram impedidos de contactar familiares ou aceder a informações relevantes.

E lições a tirar para o futuro? Os portugueses foram questionados sobre a possibilidade de um acontecimento semelhante e 42,1% defendeu ser essencial melhorar a comunicação em tempo real, enquanto 22,6% dizem ser necessário ter condições mínimas de conforto e 21,1% pedem apoio mais rápido aos cidadãos. 

O mesmo portal revela ainda que a Digi foi a operadora mais reclamada no dia 28 de abril, recolhendo 504 queixas num único dia, depois de ter sido a última das quatro operadoras no mercado a retomar completamente os serviços.