Relvas: "Este não é momento para crise política"
"Parece que na cabeça de alguns há a vontade de uma crise política, colocar em causa a estabilidade, não é esse o caminho", avisou o ministro, no Brasil.
"Portugal não precisa, não pode, não deve ter qualquer tipo de crise [política]. Parece que na cabeça de alguns há a vontade de uma crise política, colocar em causa a estabilidade, não é esse o caminho", afirmou o ministro, ao acrescentar que o caminho é continuar a dar condições para as empresas portugueses exportarem.
"É muito importante que, em nome dos portugueses e dos sacrifícios que têm feito, que todos continuem a rumar para o mesmo lado", reforçou Relvas, à margem do jantar de comemoração dos 101 anos da Câmara de Comércio Portuguesa no Rio de Janeiro.
Após renovadas e múltiplas críticas ao mais recente pacote de austeridade anunciado por Passos Coelho e Vítor Gaspar, António José Seguro (PS) e João Proença (UGT) – este em nome de todos os parceiros sociais que há poucos meses assinaram o acordo tripartido – pediram já uma audiência urgente ao chefe de Estado. É também a Belém que se destina o apelo de constitucionalistas, como Jorge Miranda e Bacelar Gouveia, que pressionam a fiscalização preventiva do Orçamento para 2013.
As palavras de Relvas poderão, no entanto, dirigir-se antes de mais ao CDS-PP, seu parceiro de coligação, de ontem têm transpirado muitos sinais de incómodo. Paulo Portas reúne nesta semana os órgãos do partido. Ontem, Portas disse que "a razão pela qual tenho sido prudente em declarações públicas chama-se patriotismo". "Portugal foi avaliado pelos seus credores e, como sabem, não temos ainda condições para viver com independência desses credores. A meu ver, fazer declarações públicas quando decorre a avaliação sobre o nosso país seria um acto menos responsável."
Mais lidas