Às curvas num mundo plano
Um MBA é um investimento e, como tal, há uma expectativa de retorno. Quem se propõe realizar um MBA investe, à partida, tempo e dinheiro. Pode ser mais ou menos tempo, consoante se trate de um programa full-time ou part-time, e pode ser mais ou menos dinheiro, dependendo das escolas, mas, em qualquer situação, trata-se de uma aposta que envolve duas variáveis de alto impacto na vida de qualquer pessoa.
A crise que atravessa a economia mundial não deixou as escolas de negócios e os alunos de MBA imunes. Algumas escolas, que enfrentam uma concorrência crescente nos últimos anos, com o aumento da oferta, ressentem-se da menor capacidade financeira de indivíduos e organizações, e os recém-MBAs, por outro lado, experimentam maior dificuldade, não tanto de empregabilidade, mas sobretudo de manter níveis salariais alcançados em anos anteriores.
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Constrangidos por limitações orçamentais, vários empregadores tenderão, considera o estudo, a procurar alternativas em escolas locais com qualidade e prestígio. Este é um campeonato interessante para Portugal numa altura em que várias escolas do país estruturam a sua internacionalização.
Para os MBAs, por outro lado, existe uma mobilidade acrescida, nomeadamente com a procura de recursos qualificados nos mercados emergentes como Rússia, China, Índia e Brasil. Este último país é particularmente interessante para os mestres de gestão portugueses ou com formação nas escolas nacionais, bem como Angola e mesmo Índia.
O mundo é, efectivamente, plano também no mercado do saber, o que não se pode confundir com normalização do ensino. Pelo contrário, as escolas apostam cada vez mais nas suas singularidades, em ofertas diferenciadoras e em programas realmente capazes de acertar o passo com a mudança que se vive no mundo dos negócios. Escolher uma escola, quer para quem recruta, quer para quem procura formação, é por isso hoje um exercício de identificação de oportunidades e de afinidade cultural.
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