Professores e Governo voltam a sentar-se à mesa das negociações
Em causa continua a estar a contagem do tempo de serviço dos professores, um tema em que o consenso parece continuar longe de ser alcançado. Os sindicatos não abdicam da reivindicação que mantêm desde Novembro de 2017 de ver contada a totalidade do tempo e o Governo continua a acenar com o custo que a medida traria e que, diz, as contas públicas não conseguiriam comportar.
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Segundo a Lusa, entre as contas dos sindicatos e as contas do Governo vão 445 milhões de euros de diferença: a contagem do tempo de serviço custa 180 milhões de euros se for aceite a proposta da tutela de contabilizar apenas dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço, ou 635 milhões se for aceite a reivindicação dos sindicatos.
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Para a reunião foram convocadas as dez estruturas sindicais que subscreveram a declaração de compromisso assinada a 18 de Novembro com o Governo, entre as quais as duas federações - Fenprof e FNE - ficando de fora o recém-criado Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), que acusou o Governo de "discriminação política" ao excluir a estruturas da mesa de negociações na qual já teve assento em reuniões anteriores.
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A contagem do tempo de serviço dos professores para efeitos de progressão salarial vai continuar a marcar a agenda política nos próximos meses, desde já no que toca às negociações políticas para o Orçamento do Estado para 2019.
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Os sindicatos prometem luta se o Governo não ceder às suas exigências e têm já um calendário de manifestações, greves e outras acções delineado até à votação final. Entre os partidos, o Bloco mantém-se inflexível nessa matéria e Pedro Filipe Soares, líder parlamentar já afirmou que se o Governo continuar a "empurrar para a frente" o problema, o Bloco "resolve de vez" a questão no Orçamento do Estado para 2019.
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Do lado do PCP a posição está mais suavizada e Jerónimo de Sousa, garantiu que não vai condicionar a sua votação do próximo orçamento à contagem do tempo de serviço dos professores.
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