Banco Mundial propõe baixar salários mínimos para enfrentar robôs
Tendo em conta que substituir trabalhadores por máquinas reduz custos, um relatório do Banco Mundial vem agora sugerir que uma boa forma de combater o "avanço dos robôs" seria reduzir os salários mínimos e flexibilizar as leis laborais, facilitando os despedimentos.
No draft do "Relatório de Desenvolvimento Mundial para 2019", o Banco Mundial sublinha que a ameaça das tecnologias para o emprego é "largamente exagerada".
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"Cenários catastróficos em que robôs substituem humanos, empobrecendo os trabalhadores, agitam sempre a sociedade. Mas os criadores desses cenários são tão visionários que muito poucas das suas previsões se tornaram verdadeiras", assinala o documento.
Os autores do documento recordam que Keynes, em 1931, antevia que o uso crescente de máquinas levaria a enormes níveis de desemprego.
O documento admite que a automatização irá provocar perda de postos de trabalho nalguns sectores, mas sublinha que irá criar outros empregos, destacando a necessidade de requalificação dos trabalhadores afectados.
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Uma das soluções para minimizar o impacto da automatização e uso de robôs no mercado laboral passa por limitar os aumentos, ou mesmo reduzir ou extinguir, os salários mínimos, defendem os autores.
Os pressupostos para a existência de um salário mínimo – garantir um rendimento para um nível de vida com um mínimo de dignidade – podem ser assegurados através de mais apoios dos Estados aos mais carenciados, argumentam.
O documento frisa que elevados salários mínimos geram mais custos e reduzem os níveis de emprego.
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Por outro lado, o Banco Mundial advoga que os empregadores deverão ter maior liberdade para a contratação e despedimento de trabalhadores, com leis laborais mais flexíveis, e a redução das indemnizações por despedimento.
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