Inflação no Reino Unido desacelera em agosto pela primeira vez em 12 meses

Taxa de inflação no Reino Unido caiu de 10,1% em julho para 9,9% em agosto. Este ligeiro recuo acontece numa altura em que o Banco de Inglaterra se prepara para aumentar novamente as taxas de juro, para aliviar a pressão sobre os preços.
Reuters
Joana Almeida 14 de Setembro de 2022 às 10:15

A inflação no Reino Unido desacelerou em agosto pela primeira vez desde setembro de 2021. Os dados do gabinete de estatísticas britânico mostram que o índice de preços no consumidor recuou 0,2 pontos percentuais, de 10,1% em julho para 9,9% em agosto, devido sobretudo à queda nos preços dos combustíveis.

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O abrandamento da inflação no Reino Unido apanhou de surpresa os analistas, que apontavam para uma nova subida na variação homóloga da taxa de inflação para 10,2% em agosto. Ainda assim, os economistas acreditam que a inflação ainda "não atingiu o pico", mesmo depois de ter atingido máximos dos últimos 40 anos, em julho.

A taxa de inflação subjacente, que exclui os produtos energéticos e alimentares não transformados, registou uma subida homóloga de 6,2% para 6,3% no mês de agosto, atingindo máximos de 1992. Já o índice relativo aos produtos energéticos registou a maior queda mensal desde abril de 2020, ao recuar para 6,8%.

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Este ligeiro recuo acontece numa altura em que o Banco de Inglaterra se prepara para aumentar novamente as taxas de juro de referência, para abrandar a atividade económica e aliviar a pressão sobre os preços. A decisão do Banco de Inglaterra foi adiada devido à morte da rainha Isabel II, mas deverá ser conhecida na próxima semana.

No início do mês de agosto, o Banco de Inglaterra subiu as taxas de juro em 0,5 pontos base para 1,75%, tendo esta sifo a primeira subida de meio ponto desde 1995. É esperado que, em setembro, o banco central britânico aumente as taxas em 75 pontos base para 2,5%, o que será o maior aumento desde 1989, excluindo a breve tentativa de reforçar a libra esterlina durante a crise cambial de 1992.

A expectativa do Banco de Inglaterra é que a inflação atinja um máximo de 13,3% em outubro, quando é esperado uma subida significativa nos preços da energia. O Reino Unido tem registado a taxa de inflação mais alta entre as sete maiores economias avançadas do mundo (G7).

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