Inflação nos Estados Unidos abranda para 8,3% em agosto. É o segundo recuo consecutivo
Este é o segundo alívio consecutivo no índice de preços no consumidor, depois de a inflação na maior economia mundial ter atingido o valor mais alto dos últimos 40 anos em junho. Ainda assim, a inflação nos Estados Unidos desacelerou menos do que previam os analistas.
A taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos abrandou ligeiramente para 8,3% em agosto, o que corresponde a menos 0,2 pontos percentuais face ao registado no mês anterior. Este é o segundo alívio consecutivo no índice de preços no consumidor, depois de ter atingido o valor mais alto dos últimos 40 anos em junho.
A taxa de inflação subjacente, a chamada inflação "core" (que exclui os preços mais voláteis da energia e produtos alimentares não transformados), registou uma subida homóloga de 6,3%. Já o índice relativo aos produtos energéticos recuou para 5%, devido sobretudo à descida dos preços dos combustíveis.
A variação em cadeia (face ao mês anterior) foi de mais 0,1%, enquanto a estimativa antecipada pelos analistas era de que houvesse um recuo de 0,1% no mês de agosto.
Em junho, a taxa de inflação na maior economia mundial atingiu o valor mais alto desde novembro de 1981 (com uma variação homóloga de 9,1%), antes de abrandar ligeiramente para 8,5% em julho. Para abrandar a atividade económica e aliviar a pressão sobre os preços, a Reserva Federal norte-americana (Fed) tem aumentado as taxas de juro de referência.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconheceu este fim de semana que as medidas tomadas pela Fed para controlar a inflação agravam o "risco" de recessão, mas sublinhou que o país tem agora "um mercado de trabalho forte, e é possível mantê-lo assim", ao contrário do que aconteceu em crises anteriores.
Este novo recuo acontece depois de os Estados Unidos terem terem entrado em recessão técnica na primeira metade do ano, pelos padrões internacionais, ao registarem dois trimestres consecutivos de contração.
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