Governo português diz que resultado eleitoral na Holanda é "muito encorajador"
"A força que claramente exprime a vontade de romper com a União Europeia e, sobretudo, de romper com o modelo económico e social que subjaz à União Europeia, que era o partido do senhor Wilders, foi clamorosamente derrotada", afirmou hoje à Lusa Augusto Santos Silva.
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O Partido da Liberdade (PVV, extrema-direita), liderado por Geert Wilders, deverá ter conquistado 20 dos 150 assentos no parlamento holandês.
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"É mesmo uma escassa minoria no parlamento, como foi uma escassa minoria dos cidadãos holandeses que votaram nessa força", afirmou.
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Antes, Santos Silva desejou uma "boa continuidade" ao partido vencedor das legislativas desta quarta-feira na Holanda -- Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD, de direita) -, cujo líder é o actual primeiro-ministro, Mark Rutte, que se prepara para formar o seu terceiro Governo.
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"Ao longo dos mandatos de Mark Rutte, temos tido muito boas relações", comentou o chefe da diplomacia portuguesa.
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PSD fala de derrota dos populismos
O PSD considerou hoje que a reeleição de Mark Rutte nas eleições legislativas de quarta-feira na Holanda foi uma derrota dos populismos e extremismos, mas também uma vitória das forças políticas pró-europeias e da moderação política.
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Em declarações hoje à agência Lusa, o vice-presidente da bancada do PSD, Miguel Morgado, disse que esta "foi uma vitória das forças políticas pró-europeias e da moderação politica".
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"Nesse sentido temos sempre de saudar e respeitar a decisão soberana do povo holandês, mas temos de saudar também que esta foi uma derrota dos populismos e dos extremismos e a Europa precisa da Holanda como parceira, como tem sido ao longo destas últimas décadas, para levarmos a cabo as reformas que a União Europeia precisa", sublinhou.
No entender de Miguel Morgado, a derrota dos populismos e extremismos de esquerda e de direita têm de ser continuadas no debate político, no debate das ideias e na defesa e promoção dos valores das democracias europeias assentes em economias sociais de mercado.
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"Esse é um trabalho que tem de continuar na Holanda e fora da Holanda", frisou. O vice-presidente da bancada do PSD destacou também a importância dos resultados eleitorais na Holanda para Portugal.
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"É importante para Portugal como membro da União Europeia e que precisa que as instituições europeias, os mecanismos europeus, sejam reformados no âmbito da união económica monetária, no aprofundamento do mercado único", disse.
Segundo Miguel Morgado, é importante que a Holanda, que é um membro fundador da União Europeia e que tem acompanhado sempre o processo de integração europeia, possa ter um governo que defenda os valores europeus da sociedade tolerante, da sociedade aberta, da economia social de mercado.
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Marisa Matias diz que subida da extrema-direita é má notícia para a Europa
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A eurodeputada Marisa Matias considerou hoje que os resultados das eleições na Holanda confirmam a crise dos sistemas políticos, sublinhou o "trambolhão" dos trabalhistas e disse que a subida da extrema-direita é uma má notícia.
Para a eurodeputada eleita pelo Bloco de Esquerda, os resultados das eleições de quarta-feira na Holanda, que ditaram a vitória do partido VVD liderado pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, "confirma o que vem sendo a tendência em vários países, com a crise do sistema político e dos partidos tradicionais que têm dominado a cena política europeia".
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"Há a vitória dos liberais e há um trambolhão da social-democracia, que paga um preço enorme por ter governado com os liberais de direita, e também dos próprios liberais de direita, que diminuem os votos e os lugares", acrescentou, em declarações à Lusa.
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"Vai ser difícil formar Governo, mas já era previsível", afirmou Marisa Matias, frisando: "é uma boa notícia Wilders [candidato da extrema direita] não ter ganhado as eleições, mas ficou em segundo lugar. Não é uma boa notícia quando apesar de tudo a extrema-direita ganha lugares".
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