Partido no Governo vence eleições na Holanda com participação histórica

Foram 28 os partidos que concorreram a estas eleições. As primeiras projecções mostram que o centro-direita do primeiro-ministro Mark Rutte venceu sem margem para dúvidas, com um resultado melhor do que apontavam as sondagens. Já a extrema-direita de Wilders perdeu claramente a eleição.
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Eva Gaspar e David Santiago e Lusa 15 de Março de 2017 às 11:38
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Holandeses vão a votos

Os Países Baixos estão esta quarta-feira, 15 de Março, a escolher o seu próximo líder. As sondagens sugerem que este será o Parlamento mais fragmentado de sempre, com os números a apontarem para que sejam eleitos deputados de 14 partidos.

 

Para formar governo deverá ser necessário formar uma aliança que envolva quatro ou cinco partidos, para que o próximo executivo tenha estabilidade governativa.

 

São 13 milhões de eleitores que são chamados esta quarta-feira às urnas, onde encontrarão um boletim de voto com 28 partidos, um recorde. 

As urnas abriram às 6:30, hora de Lisboa, e encerram às 20:00.

Primeiras sondagens conhecidas às 20:00

As urnas na Holanda abriram às 6:30, hora de Lisboa, e só encerram às 20:00, altura em que começarão a ser divulgadas as primeiras sondagens à boca das urnas.

 

As previsões apontam para que os resultados provisórios sejam conhecidos nas primeiras horas de quinta-feira. 

Primeiro-ministro e líder da extrema-direita já votaram em Haia

Os líderes dos dois partidos que lideravam as intenções de voto nas legislativas da Holanda, o primeiro-ministro, Mark Rutte, e o dirigente de extrema-direita Geert Wilders (na foto), já votaram em Haia.

 

Mark Rutte, do Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD, de direita), voltou a pedir aos holandeses que "criem um precedente" e travem a "onda de populismo", após a aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia em referendo ('Brexit') e da vitória de Donald Trump nas presidenciais dos Estados Unidos.

 

"Devemos criar um precedente. O mundo está atento", disse Rutte, numa referência às próximas eleições presidenciais em França (Abril e maio) e às legislativas na Alemanha (setembro).

 

Geert Wilders, do Partido da Liberdade (PVV, extrema-direita), por seu turno, aproveitou a deslocação à assembleia de voto para prometer convocar um referendo contra a União Europeia se vencer as eleições.

 

"Se ganhar, haverá um referendo, porque demos o nosso dinheiro a países estrangeiros. Vamos recuperar a Holanda para os holandeses", indicou Wilders.

 

O líder europcético considerou ainda, que qualquer que seja o resultado da eleição de hoje na Holanda, está para ficar o tipo de política populista que ele e outros na Europa representam.

 

"Seja qual for o resultado da eleição de hoje, o génio não vai voltar para a garrafa", disse após votar.

Um partido que promete nada fazer? A Holanda tem

Esta quarta-feira, os holandeses vão escolher o novo parlamento, de onde sairá o novo governo. No boletim de voto estará um recorde de 28 partidos. Há escolhas para todos os gostos, incluindo um partido cuja única promessa eleitoral é nada fazer.

Leia o trabalho do Negócios.

Holanda: megacoligação a caminho para barrar o "Trump do Norte"

Se a democracia fosse medida pelo número de opções de voto, a Holanda seria hoje provavelmente a nação mais democrática do mundo. Um recorde de 81 movimentos candidatou-se às eleições legislativas, e um novo recorde de 28 partidos foi aceite pela comissão eleitoral e constará, assim, do boletim de voto que será submetido aos holandeses esta quarta-feira, 15 de Março. Há escolhas para todos os gostos, incluindo um partido cuja única promessa eleitoral é nada fazer. Paradoxalmente, um dos que prometem receber mais votos será barrado à porta do poder.

O contra-relógio da ameaça populista começa a contar

As legislativas holandesas dão o tiro de partida de um calendário eleitoral com eleições em três, ou quatro, dos países-fundadores do projecto europeu. O populismo está à espreita como nunca esteve. Saiba o que se segue.

A vitória do provável derrotado na Holanda

O controlo da imigração serviu de rastilho ao "Brexit", terá ajudado muito à vitória de Donald Trump nos  Estados Unidos e dominou em absoluto a campanha eleitoral na Holanda que vai hoje a votos para eleger o que promete ser o mais fragmentado parlamento de sempre (possivelmente albergará 14 partidos). Resultado: espera-se a junção de quatro ou até cinco partidos para formar um Governo estável, com apoio parlamentar maioritário. 

Holanda, o país onde se põe o voto nos caixotes do lixo

Os holandeses vão às urnas esta quarta-feira. Supermercados, bibliotecas e igrejas são alguns dos sítios onde se vota nos Países Baixos.

Média das sondagens dá vitória ao primeiro-ministro Mark Rutte

Esta manhã um site que agrega as sondagens mais representativas realizadas na Holanda revelou a média desses estudos de opinião segundo a qual o actual primeiro-ministro e líder do partido de centro-direita VVD, Mark Rutte, vencerá as eleições.

O site Peilingwijzer refere que o VVD deverá eleger entre 24 e 28 dos 150 deputados que compõem a câmara baixa do Parlamento holandês, seguindo o partido de extrema-direita e anti-islão PVV, de Geert Wilders, com a possibilidade de assegurar entre 19 e 23 assentos parlamentares. Tal resultado significará uma melhoria face às legislativas de 2012, em que Wilders ficou na terceira posição com 15 deputados eleitos. 

Esta média das sondagens parece também confirmar a expectativa de que os trabalhistas do PvdA, actualmente o partido júnior da coligação governativa, serão os grandes derrotados, não devendo ir além dos 10-12 deputados, uma grande queda comparativamente com os 38 parlamentares eleitos há cinco anos.

Participação a meio da manhã superior à das eleições de 2012

Uma sondagem feita pelo Ipsos e citada pelo Telegraaf revela que às 10:30 (9:30 em Lisboa) a afluência às urnas era de 15% dos cerca de 13 milhões de eleitores habilitados a votar nas legislativas desta quarta-feira. 

A participação eleitoral registada após três horas desde a abertura das urnas (abriram às 7:30, hora holandesa) compara com a afluência de 13% que se verificava à mesma hora nas eleições de Setembro de 2012. 

As urnas encerram às 21:00 (20:00 em Lisboa), hora a partir da qual serão divulgadas as primeiras projecções à boca das urnas. 

Wilders: O génio não voltará para a garrafa"

Geert Wilders, líder populista do partido anti-islão PVV (Partido da Liberdade), depositou logo ao início desta manhã o seu boletim de voto numa assembleia de voto em Haia.

Depois de o fazer declarou aos jornalistas que "seja qual for o resultado das eleições de hoje, o génio não voltará para a garrafa". Não sendo totalmente perceptível o alcance desta afirmação de Wilders, o líder do PVV parece estar a referir-se ao facto de temas como a imigração, em especial os problemas relacionados com a imigração oriunda de países muçulmanos, terem entrado em definitivo na agenda política holandesa.

Marcelo espera que vingue "linha europeísta" nos Países Baixos

O Presidente da República disse esperar que as eleições nos Países Baixos permitam manter uma "linha europeísta, uma linha de integração na NATO, uma linha moderada, uma linha não radical".

"É uma decisão naturalmente do eleitorado daquele país amigo, mas aquilo que nós podemos esperar é que seja um passo em frente no sentido da democracia, da moderação da Europa e da pacificação nas relações internacionais," acrescentou o chefe de Estado, no final de uma visita ao Comando Aéreo, no Parque Florestal do Monsanto, em Lisboa.

Marcelo apelou ainda a um "apaziguamento" entre as relações dos Países Baixos e outros Estados-membros da União Europeia com a Turquia.

Afluência às urnas continua acima da verificada em 2012

A participação eleitoral permanece mais elevada do que nas eleições realizadas há cinco anos. Segundo o Ipsos, às 13:45 (12:45 em Lisboa) tinham votado 33% dos cerca de 13 milhões de eleitores, valor que compara com os 27% que já tinham votado em 2012 até à mesma hora.

Nas legislativas de há cinco anos, a participação final cifrou-se em 74,6%. 

Opkomst 13:45: 33%. In 2012 dezelfde tijd: 27% #ipsos #exit poll

Quer ser deputado? Conquiste 60 mil votos

Com 17 milhões de habitantes e quase 13 milhões de eleitores, a Holanda sempre teve um sistema político fragmentado. Nos últimos cem anos, todos os governos foram de coligação de dois ou três partidos.

Em parte, isso deve-se à reforma política de 1918, que tornou possível conquistar um dos 150 lugares do parlamento a partir do momento em que um partido recolhe cerca de 0,7%, ou 60 mil votos, mas também à acelerada erosão da base eleitoral dos quatro partidos de centro-direita e esquerda que têm ocupado o "arco de governação" desde então. Nestas eleições, estima-se que a respectiva quota de votos possa encolher para 40%, quando superava 80% ainda nos anos 80.

A oferta é eleitoral é tão vasta - recorde de 28 partidos – que forçou ao nascimento de ferramentas online que prometem ajudar os eleitores a encontrar a opção de voto com que mais se identificam. Se quiser espreitar (e souber um pouco de neerlandês), faça clique.

Participação eleitoral permanece bem acima da verificada em 2012

Às 15:45 na Holanda (14:45 em Lisboa) mantinha-se a tendência já registada ao longo desta manhã e que aponta para que as legislativas de hoje tenham uma afluência às urnas superior à verificada em 2012. 

O Ipsos refere que às 15:45 holandesas (a pouco mais de cinco horas do fecho das urnas) tinham votado 43% dos eleitores, acima dos 37% que já tinham votado há cinco anos.

Opkomst 15:45u: 43%, in 2012 was dat dezelfde tijd 37% #ipsos #exitpoll

A imprensa holandesa refere que, surpreendidos pela elevada participação, diversos locais de voto em Amesterdão, Maassluis e Appingedam tiveram de pedir contentores extra para recolher os (enormes) boletins de voto.

Há cerca de 9.900 assembleias de voto espalhadas pelo país, que estarão abertas até às 21:00 locais, uma hora menos em Lisboa.

Conheça Jesse Klaver, o anti-"Trump do Norte"

"Sorriso maroto à Justin Trudeau, técnicas de comunicação de Obama, o programa de Bernie Sanders". Eis, no resumo da enviada do Libération à Holanda, Jesse Klaver.

Aos 30 anos (completará mais um em 1 de Maio), este descendente de pai marroquino e de mãe metade indonésia, casado e pai de dois filhos, veio da juventude partidária cristã, é desde há dois anos o líder do GroenLinks (GL, literalmente "verde à esquerda") e pode vir a ser um dos grandes vencedores destas eleições – não porque o GL tenha hipóteses de ser o mais votado, mas porque poderá ser o partido que mais cresce, podendo multiplicar por quatro ou cinco o número de lugares no novo parlamento (passando de 4 para 14 ou mesmo 17, dependendo das sondagens) e candidatar-se a um lugar na próxima coligação governamental.

O GL, nascido há 25 anos da fusão de vários partidos de esquerda (pacifistas, cristãos progressistas, ex-comunistas), poderá mesmo ter nestas eleições o melhor resultado de sempre e ser o principal beneficiado do desaire antecipado para os Trabalhistas (PvdA), no poder desde 2012 como parceiro júnior do VVD do primeiro-ministro Mark Rutte. 

Em muitos aspectos, Jesse Klaver é o negativo de Gert Wilders, o "Trump do Norte" – e não apenas porque um é louro e o outro moreno, um usa gravata e colete e o outro prefere camisa de mangas arregaçadas.

Aos 30 anos (completará mais um em 1 de Maio), este descendente de pai marroquino e de mãe metade indonésia, casado e pai de dois filhos, veio da juventude partidária cristã, é desde há dois anos o líder do GroenLinks (GL, literalmente "verde à esquerda") e pode vir a ser um dos grandes vencedores destas eleições – não porque o GL tenha hipóteses de ser o mais votado, mas porque poderá ser o partido que mais cresce, podendo multiplicar por quatro ou cinco o número de lugares no novo parlamento (passando de 4 para 14 ou mesmo 17, dependendo das sondagens) e candidatar-se a um lugar na próxima coligação governamental.

O GL, nascido há 25 anos da fusão de vários partidos de esquerda (pacifistas, cristãos progressistas, ex-comunistas), poderá mesmo ter nestas eleições o melhor resultado de sempre e ser o principal beneficiado do desaire antecipado para os Trabalhistas (PvdA), no poder desde 2012 como parceiro júnior do VVD do primeiro-ministro Mark Rutte. 

Enquanto o líder do PVV promete fechar fronteiras aos refugiados, deportar os marroquinos com cadastro, proibir o Corão e fazer um referendo para retirar a Holanda da União Europeia, Klaver é um dos poucos líderes partidários que defende o acolhimento se mais refugiados e que, sendo crítico em relação à Europa, não põe em causa a opção do país, um dos seis fundadores da UE.

Com o seu programa optimista, favorável ao acolhimento de refugiados, ao multiculturalismo e às energias renováveis, os Verdes prometem crescer nas grandes cidades. Agradam à "juventude urbana cosmopolita, graduada, os chamados ‘vencedores da globalização’", analisa Eelco Harteveld, cientista político da Universidade de Amesterdão. 

Enquanto o líder do PVV promete fechar fronteiras aos refugiados, deportar os marroquinos com cadastro, proibir o Corão e fazer um referendo para retirar a Holanda da União Europeia, Klaver é um dos poucos líderes partidários que defende o acolhimento se mais refugiados e que, sendo crítico em relação à Europa, não põe em causa a opção do país, um dos seis fundadores da UE.

Holanda conta os votos à mão por causa da Rússia

Na era digital, os votos dos holandeses serão contados à mão. Depois das suspeitas de interferência da Rússia nas eleições norte-americanas, o governo de Haia decidiu levar à letra o velho adágio de que é "melhor prevenir do que remediar", até porque o sistema informático tem dado sinais de vulnerabilidade.

As relações entre Haia e Moscovo têm sido particularmente tensas desde 2014, quando um avião civil da Malasia Airlines foi atingido por um míssil terra-ar, alegadamente lançado por forças russas a partir do leste da Ucrânia, matando 298 pessoas, a maioria holandeses. Existe ainda a suspeita de que terá havido mão russa no financiamento do "site" que lançou a petição para a realização do referendo sobre o acordo de associação entre a UE e a Ucrânia, que os eleitores acabaram por rejeitar.

Uma das consequências imediatas de contar os votos à mão é que apenas mais tarde se começarão a conhecer os primeiros dados oficiais – segundo a imprensa local, possivelmente só partir das três das manhã (uma hora menos em Lisboa). Os resultados das projecções feitas à boca das urnas serão conhecidos logo após o fecho das urnas, às 21h00 locais. 

Negócios analisa eleições em directo no Facebook

Holandeses não vão eleger Trump nem votar o Brexit

O politólogo holandês Cas Mudde escreveu um artigo de opinião no Guardian onde se mostrou cansaço do mediatismo em torno das eleições legislativas que decorrem hoje na Holanda, notando ainda que este acto eleitoral prendeu as atenções dos media internacionais como nunca acontecera.

Mudde mostra-se cansado de responder a perguntas sobre "o Trump holandês" (Geert Wilders) e sobre "o Trudeau holandês" (Jesse Klaver) e garante que os holandeses não vão eleger nem Trump nem votar a favor do Brexit. 

Esta quarta-feira o Negócios publicou uma pequena entrevista a este cientista político especialista em temas relacionados com o populismo: Geert Wilders será ainda mais o rosto da oposição

Participação aproxima-se de nível recorde

O Ipsos divulgou a última actualização referente à afluência às urnas, que às 19:45 (18:45 em Lisboa) se situava nos 74%, já bem acima dos 65% registado à mesma hora nas últimas legislativas (2012). 

A participação eleitoral tem vindo a aumentar ao longo da jornada eleitoral, aproximando-se cada vez mais dos níveis recorde obtidos nas eleições de 2006. Às 19:45 holandesas nas eleições de 2006 tinham votado 75% dos eleitores.

Opkomst 19:45u: 74%. In 2012 was dat op dit tijdstip 65% en in 2006 75% #ipsos #exitpoll

Encerraram as urnas

Já fecharam as assembleias de voto na Holanda. A partir de agora (20:00 em Lisboa) começam a ser divulgadas as primeiras projecções à boca das urnas. 

At 9 PM local time Dutch media will publish first exit poll. Traditionally exit polls have been pretty accurate in the Netherlands. #TK17

Primeiras projecções mostram que o centro-direita derrotou a extrema-direita

As primeiras projecções à boca das urnas apontam para uma clara vitória do VVD, centro-direita liderado pelo actual primeiro-ministro Mark Rutte. 

Netherlands, Ipsos exit poll:

VVD-ALDE: 21%

CDA-EPP 13%

PVV-ENF 13%

D66-ALDE 13%

GL-G/EFA 11%

SP-LEFT 9%

PvdA-S&D 6%#DutchVote #TK2017 pic.twitter.com/ySHNLVmJVN

Sondagem da NOS dá vitória retumbante ao centro-direita

A sondagem à boca das urnas da televisão estatal NOS atribui uma folgada vitória ao VVD com 31 deputados eleitos, ainda assim um resultado aquém do alcançado nas legislativas de 2012 em que elegeu 41 parlamentares.

Já o partido de extrema-direita PVV de Wilders consegue eleger 19 deputados, acima dos 15 eleitos há cinco anos. Os liberais do D66 e os democratas-cristãos do CDA também elegem 19 parlamentares, segundo esta sondagem da estação de televisão pública.

Nota também para os trabalhistas (PvdA) que não vão além dos 9 deputados, muito abaixo dos 38 assentos conseguidos nas últimas legislativas, o que faz do partido minoritário da actual coligação de Governo o grande derrotado da noite.

Destaque ainda para os Verdes (GL, de esquerda) que conseguem um dos melhores resultados ao subirem de 4 deputados para 16.

Esta projecção coloca 13 partidos no novo Parlamento, o que faz deste o mais fragmentado da história. Em 2012 conseguiram assento parlamentar 11 forças partidárias. 

Exitpoll: VVD veruit de grootste partij met 31 zetels: https://t.co/GDWN5WDV4F pic.twitter.com/FMUq15OPl7

Direita estável e esquerda em queda

Apesar da vitória do centro-direita (VVD) e da derrota da extrema-direita (PVV), a verdade é que o bloco dos partidos à direita no espectro político holandês se manteve muito estável nestas eleições. VVD, PVV e democratas-cristãos do CDA, garantem um total de 69 assentos, o mesmo número conseguido em 2012. 

Já o bloco dos partidos da esquerda - PvdA (trabalhistas), Verdes (GL) e SP (ex-comunistas) perdem 18 lugares. 

Por outro lado, o grande vencedor são os Verdes de Jesse Klaver (ganham 12 assentos em relação a 2012), enquanto os grandes derrotados são mesmo os trabalhistas (PvdA, que perdem 29 lugares comparativamente com as últimas legislativas).

Participação eleitoral histórica

A afluência às urnas terá mesmo atingido níveis históricos, devendo ter atingido 81%. Não só supera o nível recorde de 80,4% registado em 2006, como surge em completo contraponto com a tendência europeia de grande crescimento do abstencionismo.

Superior a esta registo de afluência só a participação verificada em 1986 num acto eleitoral em que votaram quase 86% dos eleitores holandeses.

Partidos cada vez mais pequenos

Levando em linha de conta a projecção à boca das urnas do Ipsos, confirma-se uma ainda maior fragmentação do Parlamento, com a generalidade dos partidos a perder expressão eleitoral. 

Exceptuando o VVD (que deverá alcançar por pouco a barreira dos 20%), não há partidos acima de 20%. Nem sequer alcançam a marca dos 15%. 

Netherlands: Far-right FvD and migrant interest party DENK enter parliament (Ipsos exit poll). #DENK #FvD #DutchElection #Turkey pic.twitter.com/WlMETTI1b4

This is exit poll in terms of percentages. Amazing how small Dutch parties have become. Even biggest party is just 20 percent. https://t.co/EyxqkFUlkx

Projecção do Ipsos coloca participação em 82%

Na mais recente projecção, o Ipsos eleva a participação eleitoral para 82%, a maior em 31 anos. 

Netherlands: Highest turnout since 31 years: 82% (Ipsos exit poll). #TK17 #ExitPoll #DutchElection

Holanda deixa de ter grandes partidos e centrão

Continuando ainda a análise à perda de dimensão generalizada dos partidos holandeses, o Europe Elects fez um gráfico comparativo entre os resultados registados nas legislativas de 2012 e as projecções relativas às eleições desta quarta-feira. 

O gráfico ilustra a perda de expressão eleitoral dos partidos holandeses e confirma o desaparecimento do chamado "centrão", até aqui composto pelo VVD (conservadores de centro-direita) e pelo PvdA (trabalhistas de centro-esquerda, que compõem a coligação que governa o país desde 2012.

Apesar de perder perdido 10 deputados face a 2012, o VVD deverá conseguir superar a marca dos 20%, mas é a única força a consegui-lo. Já os trabalhistas sofrem uma enorme derrota e perdem 29 parlamentares. 

Netherlands: #DutchElection #TK17 pic.twitter.com/mkykVff4FK

Líder de extrema-direita holandês avisa primeiro-ministro que "não se livrou" dele

O líder do Partido da Liberdade holandês (PVV, extrema-direita), Geert Wilders, que terá conquistado 19 lugares nas eleições legislativas, segundo sondagens à boca da urna, reivindicou hoje "um sucesso" e avisou que o primeiro-ministro "não se livrou" dele.  

"Eleitores do PVV, obrigado! Nós conquistámos os lugares! O primeiro sucesso está garantido!", afirmou, numa mensagem na rede social Twitter o deputado anti-Islão. "E Rutte ainda não se livrou de mim", avisou, na mesma mensagem.

 

Verdes (GL) falam em "grande resultado"

Os Verdes (GL) parecem ser mesmo o grande vencedor da noite, pelo menos se for tido em conta o crescimento eleitoral conseguido. 

Kathalijne Buitenweg, líder da delegação deste partido junto do Parlamento Europeu, considera que o GL alcançou um "grande resultado". Aqui fica a reacção (para quem fala holandês). 

Kathalijne Buitenweg, de nummer 2 van GroenLinks, is blij: "Wij zetten in op een zo progressief mogelijke coalitie." https://t.co/zFzGcybhCj pic.twitter.com/rGVau9exoL

Mark Rutte: Holanda disse ‘basta’ ao lado errado do populismo

O primeiro-ministro discursou assim que foram divulgadas as primeiras sondagens sobre os resultados das eleições, que colocaram o seu partido na "poll position". Citado pelo The Guardian, Rutte disse que "parece ser a terceira vez consecutiva que o VVD é o maior partido da Holanda".

"A nossa mensagem para a Holanda – que manteremos o mesmo rumo e manteremos este país seguro e estável – foi compreendida", afirmou.

"Já recebi imensos telefonemas dos meus colegas europeus. Esta é a noite em que a Holanda, depois do Brexit e de Trump, disse ‘basta de estarmos do lado errado do populismo", acrescentou o governante, considerando os resultados das eleições "um festival de democracia".

Juncker felicita voto "contra os extremistas" na Holanda

O presidente da Comissão Europeia aplaudiu o voto dos eleitores holandeses "contra os extremistas", quando sondagens apontam para a reeleição do primeiro-ministro, Mark Rutte, derrotando o candidato da extrema-direita, Geert Wilders. 

 

 Jean-Claude Juncker "falou com Mark Rutte e felicitou-o pela sua clara vitória: um voto pela Europa, um voto contra os extremistas", escreveu, numa mensagem na rede social Twitter, Margaritis Schinas, porta-voz do presidente do executivo europeu.

Wilders quer participar nas conversações para formar coligação

Geert Wilders, cujo partido, o PVV, não alcançou os resultados que ele e as sondagens previam, disse que espera integrar as conversações para fazer parte do governo de coligação.

Se isso não acontecer, Wilders disse - citado pelo The Guardian – que fará uma "forte oposição" nos próximos cinco anos.

Geert Wilders says he is ready to join a coalition. But if that does not happen, 'we will form a strong opposition over the next five years'

Hollande felicita Rutte por "clara vitória contra extremismo"

O Presidente francês, François Hollande, felicitou Mark Rutte pela sua reeleição nas legislativas e pela sua "clara vitória contra o extremismo".

 

"Os valores da abertura, respeito pelos outros, e uma fé no futuro da  Europa são a única resposta válida aos impulsos nacionalistas e ao isolacionismo que estão a abalar o mundo", afirmou o chefe de Estado francês, citado pela Lusa.

 

A declaração de Hollande foi feita já na madrugada desta quinta-feira, quando as primeiras projeções indicam uma vitória de Rutte, enquanto o partido populista de Geert Wilders terá ficado em segundo lugar, juntamente com outras duas formações.

Rutte lidera com 50% dos votos contados

Pela 01:14 de Lisboa, com 50% dos votos contados, o partido de Mark Rutte (VVD) seguia à frente, com 21,5%, a caminho de um terceiro mandato.

 

Logo a seguir posicionava-se o líder do Partido da Liberdade (PVV, extrema-direita), Geert Wilders, com 13%. 

Netherlands (50% counted):

VVD-ALDE: 21.5%

PVV-ENF 13%

CDA-EPP 12.5%

D66-ALDE 11.9%

GL-G/EFA 9.3%

SP-LEFT 9.3%#DutchElections #TK17 pic.twitter.com/zZQ2zYnSPQ

Ficamos por aqui

Encerramos por aqui o acompanhamento ao minuto destas eleições. Continue a seguir-nos, com este tema e outros que marcam a actualidade, em negocios.pt 

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