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Com 70% dos europeus vacinados, Von der Leyen quer prioritizar "vacinação a nível global"

"A nossa principal prioridade agora é acelerar a vacinação a nível global", referiu a presidente da Comissão Europeia, no debate do Estado da União. UE vai reforçar número de doses de vacinas dadas aos restantes países.

Ursula von der Leyen
Ursula von der Leyen Reuters
15 de Setembro de 2021 às 08:27

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu esta quarta-feira que a prioridade da União Europeia (UE) para os próximos 12 meses será "acelerar a vacinação a nível global". Com 70% da população do bloco vacinada, a Comissão quer colocar o foco na dimensão internacional, sem esquecer as disparidades na processo entre estados-membros. 

"A nossa principal prioridade agora é acelerar a vacinação a nível global. Com menos de 1% de doses a nível global distribuídas nos países em desenvolvimento, a escala de urgência é evidente. Esta é uma das grandes questões geopolíticas que se colocam nos nossos dias", referiu Ursula von der Leyen, no debate sobre o Estado da União, em Estrasburgo.

Apesar das críticas apontadas ao processo de vacinação europeu (que arrancou mais tarde do que o do Reino Unido, por exemplo), Ursula von der Leyen destacou que "a Europa mostra-se hoje como líder mundial". Mais de 70% da população europeia "está já completamente vacinada" e a UE foi a única região a "partilhar metade da produção de vacinas com o resto do mundo". 

"Entregámos mais de 700 milhões de doses aos europeus e entregámos mais de 700 milhões de doses ao resto do mundo, a mais de 130 países", concretizou.

Bruxelas vai investir mil milhões de euros para desenvolver a capacidade de produção de vacinas com África, continente para onde os 27 estados-membros já enviaram 250 milhões de doses de vacinas. Até ao final do próximo ano, a Comissão Europeia espera enviar para o continente africano mais 200 milhões de doses.

"Trata-se de um investimento na solidariedade e na saúde global", salientou Ursula von der Leyen. "Temos de fazer tudo para que esta não passe a ser uma pandemia dos não-vacinados".

A nível interno, a Comissão Europeia compromete-se também a corrigir as assimetrias verificadas no processo de vacinação. "Há divergências preocupantes entre os estados-membros na vacinação, que merecem a nossa atenção", disse a presidente do órgão executivo europeu.

Ursula von der Leyen adiantou ainda que os 27 estados-membros têm "mais 100 milhões de doses garantidas" para os próximos meses, caso seja preciso uma terceira dose da vacina. "É suficiente para nós e para os países vizinhos", garantiu.

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