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Comissário europeu diz-se "chocado" com perigo de alguns produtos vendidos na Temu e Shein

"Temos o dever de proteger os consumidores europeus", disse McGrath ao The Guardian.

Shein
Shein DeFodi Images
21 de Julho de 2025 às 14:39

Michael McGrath, comissário europeu para a Democracia, Justiça, Estado de Direito e Defesa do Consumidor, mostrou-se apanhado de surpresa por um relatório elaborado por eurodeputados que denuncia como inseguros vários produtos vendidos por plataformas de comércio online chinesas, como a Shein e a Temu, e que podem representar um perigo para os consumidores.

"Estou chocado e temos o dever de proteger os consumidores europeus", disse em declarações ao jornal britânico .

O jornal sublinha a vontade da Comissão Europeia em atuar sobre alguns produtos de origem chinesa e que são considerados perigosos à luz da lei europeia. O comissário sinalizou estar à espera dos resultados de uma investigação, que teve como objetivo recolher provas de alguns destes produtos.

Impermeáveis de chuva para crianças com materiais tóxicos, óculos de sol sem filtro de raios UV, calções de banho com cordões cujo tamanho é muito grande e chupetas que se soltam facilmente, representando um risco de asfixia, são alguns dos exemplos citados.

Numa nota enviada ao Negócios, a Temu refere que "leva muito a sério a segurança e a conformidade dos produtos. Temos um sistema de verificação de vendedores, monitorização proativa e remoção rápida para prevenir, detetar e retirar produtos inseguros. Trabalhamos em estreita colaboração com organizações de teste e certificação reconhecidas internacionalmente – incluindo TÜV SÜD, Eurofins, SGS e Bureau Veritas – para ajudar a garantir que os produtos disponibilizados por vendedores terceiros cumprem as normas de segurança e qualidade".

Segundo o The Guardian, o Safety Gate, um sistema da União Europeia criado para gerar alertas rápidos sobre produtos considerados como inseguros, recebeu mais de 4.100 avisos só no ano passado – com as categorias de cosméticos, brinquedos e aparelhos eletrónicos a dominarem as queixas.

"Estou determinado em melhorar os nossos esforços na aplicação de leis de segurança de produtos e de regras de proteção dos consumidores. Não se trata apenas de proteger os consumidores, mas existe uma questão muito séria de concorrência para as empresas europeias, as quais espera-se que compitam com vendedores que não cumprem as regras", afirmou.

A União Europeia estima que todos os dias entrem no espaço europeu cerca de 12 milhões de encomendas oriundas da China, sendo que em 2024 foram registadas 4,6 mil milhões de remessas abaixo dos 150 euros.

Notícia atualizada com a declaração da Temu

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