Eurostat confirma crescimento de 0,1% no PIB da Zona Euro apesar de contração maior na Alemanha
Variação do PIB da Zona Euro manteve-se inalterada face à estimativa inicial, apesar da revisão em baixa do crescimento da maior economia europeia. Alemanha terá contraído 0,3%, mais duas décimas do que o previsto. Portugal e Espanha foram dos países que mais brilharam no segundo trimestre.

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A Zona Euro apresentou um ténue crescimento de 0,1%, em cadeia, no segundo trimestre do ano, segundo os dados finais do Eurostat divulgados esta sexta-feira. Apesar de o desempenho económico alemão ter sido revisto em baixa, a variação do PIB do Euro manteve-se inalterada face à estimativa preliminar do Eurostat. Os números refletem, no entanto, um abrandamento da Zona Euro face ao trimestre anterior.
Após ter registado uma expansão de 0,6%, a Zona Euro está a registar dificuldades em descolar no atual cenário de elevada incerteza global gerada pelas tarifas e pelas tensões geopolíticas na Ucrânia e em Gaza. Entre abril e junho, os países da moeda única ficaram muito perto de terreno negativo, com duas das maiores economias europeias – a Alemanha e Itália – a registarem mesmo uma contração.
No caso da Alemanha, o Eurostat estima que a performance da maior economia europeia terá sido pior do que tinha avançado. Em vez de contrair 0,1%, a Alemanha terá registado uma queda de 0,3% em cadeia, após ter crescido 0,3% no primeiro trimestre. O valor revisto evidencia que as dificuldades estruturais que o país enfrenta podem ser ainda mais profundas, particularmente no que diz respeito à diminuição das exportações e do investimento.
Por outro lado, o Eurostat confirmou que o PIB de Itália caiu 0,1% entre abril e junho, após ter crescido 0,3% nos primeiros três meses do ano. A destacar-se também com uma queda significativa no segundo trimestre do ano aparece a Finlândia, cujo PIB terá contraído 0,4%, depois de a economia finlandesa ter estagnado entre janeiro e março.
Em terreno positivo, a Espanha e Portugal brilharam no segundo trimestre. A economia portuguesa cresceu 0,6%, em cadeia, enquanto a economia espanhola registou uma expansão de 0,7%. Com um comportamento melhor do que os países ibéricos, a Dinamarca foi o país que mais cresceu (1,3%), seguida pela Croácia e Roménia (ambas com 1,2%) e Bulgária (0,9%).
No conjunto dos 27 países da UE, a taxa de crescimento em cadeia foi de 0,2%. No primeiro semestre, tinha sido de 0,5%.
Em termos homólogos, o Eurostat reviu ligeiramente em alta o PIB dos países da Zona Euro. No segundo trimestre, cresceu 1,5%, mais uma décima do que o previsto inicialmente e em linha com o registado nos primeiros três meses do ano. Quando a análise é alargada aos países da UE, o crescimento homólogo observado foi de 1,6%, também uma décima acima do que tinha sido inicialmente avançado.
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