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Finlândia: A defensora da austeridade poderá finalmente deixá-la para trás

O ministro finlandês das Finanças admite que a economia está a dar sinais de progresso depois de vários anos de ajustamento, permitindo evitar mais austeridade.

petteri orpo ministro finanças finlândia
petteri orpo ministro finanças finlândia DR
24 de Abril de 2017 às 13:10

Depois de anos marcados pelos cortes na despesa e aumento de impostos, a Finlândia poderá estar, finalmente, a colocar a austeridade para trás das costas, destaca a Bloomberg, num artigo publicado esta segunda-feira, 24 de Abril.

Segundo o ministro finlandês das Finanças, Petteri Orpo, a economia está agora a dar sinais de progresso, o que deverá permitir ao Governo evitar mais medidas de ajustamento.

"Deixámos, claramente, a recessão para trás", afirmou o governante numa entrevista concedida à agência noticiosa. "Adoptámos uma política económica previsível, e isso está a começar a dar resultados".

Segundo o Banco da Finlândia, a economia deverá registar um crescimento de 1,6% este ano - depois da expansão de 1,4% verificada no ano passado – suportada pelo crescimento das exportações e um aumento da confiança dos consumidores, mesmo numa altura em que o desemprego ainda ronda os 9%.

Em 2015, a economia saiu de uma recessão de três anos, depois de o Governo ter implementado uma série de medidas destinadas a corrigir as suas contas públicas, incluindo aumentos de impostos e um plano de cortes orçamentais de 4 mil milhões de euros até 2019.

Agora, o Executivo espera uma subida das exportações, impulsionada por investimentos nas indústrias da pasta e papel, automóvel e construção naval.

Em entrevista à Bloomberg, Orpo considerou que a reviravolta pode ser parcialmente atribuída a medidas que tornaram os produtos finlandeses mais competitivos internacionalmente. Entre elas está o acordo assinado entre o Governo e os sindicatos, no ano passado, para reduzir os custos laborais.

"Devemos manter a moderação salarial para não perdermos a vantagem que obteremos com o acordo laboral", afirmou.

Ainda que as medidas mais duras tenham ficado para trás, o governante admite que o país ainda precisa de fazer mais para voltar a crescer de forma sustentada e para o Governo cumprir as metas orçamentais. Nesse sentido, o Governo está a trabalhar em novas medidas para impulsionar a criação de emprego – aumentar a taxa de emprego de 68,9% para 72% é um dos objectivos do Executivo – incluindo uma melhor correspondência entre as vagas e aqueles que procuram trabalho.

"Não há uma medida única e inovadora para resolver o problema do desemprego. Em vez disso, temos de implementar várias medidas menores para reformar o sistema", concluiu Orpo.

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