Quebra de vendas para EUA derrubam exportações alemãs
As exportações da maior economia europeia recuaram mais do que o esperado em maio face aos valores de abril. As vendas para os EUA caíram para mínimos de mais de três anos.
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As exportações alemãs caíram 1,4% em maio face aos valores de abril, quase o triplo face ao decréscimo de 0,5% estimado pelos economistas, indicou esta terça-feira o Destatis, gabinete de estatísticas germânico. A descida, a par da redução de 3,8% nas importações, levou a uma subida de 17,2% no excedente comercial, para 18,4 mil milhões de euros.
A quebra no comércio internacional com os EUA, com o ambiente de incerteza em torno das tarifas, é o principal motivo para a evolução da balança comercial alemã.
As vendas aos EUA recuaram 7,7% face ao mês anterior e 13,8% em relação a maio do ano passado, fixando-se em 12,1 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde março de 2022. Também nas importações de bens vindos da maior economia mundial assistiu-se a uma quebra de 10,7% em cadeia, para 7,4 mil milhões de euros. O saldo positivo da balança comercial germânica face aos Estados Unidos sobe, assim, para 4,7 mil milhões de euros.
Entre os outros principais parceiros comerciais de Berlim, fora da UE, as importações vindas da China encolheram em 1%, para 13,8 mil milhões de euros, ao passo que as vendas alemãs para o gigante asiático cederam 2,9%, atingindo os 6,8 mil milhões.
Sendo um dos países da UE mais dependente dos Estados Unidos em termos de comércio internacional, a Alemanha arrisca sofrer uma contração económica.
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