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Relação tensa entre UE e China colocada à prova em cimeira em Pequim

Objetivo da cimeira é procurar uma "relação justa e equilibrada" e chegar a "progressos concretos", segundo António Costa, presidente do Conselho Europeu.

António Costa discursa com a bandeira da União Europeia ao fundo
António Costa discursa com a bandeira da União Europeia ao fundo
22 de Julho de 2025 às 09:43

União Europeia (UE) e China realizam, na quinta-feira, uma cimeira no âmbito dos 50 anos das relações bilaterais, mas olhando para a guerra da Ucrânia e a ambiguidade de Pequim, e as acusações de concorrências desleal.

A cimeira vai ser encabeçada pelos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente da China, Xi Jinping. Está previsto um encontro entre Costa e von der Leyen com Xi Jinping, mas na conferência de imprensa final o chefe de Estado chinês não deverá marcar presença, disse à Lusa fonte europeia.

A cimeira realiza-se em Pequim, por ocasião do 50.º aniversário das relações bilaterais entre o bloco político-económico europeu e a China, mas está voltada para a atualidade geopolítica internacional, nomeadamente a invasão russa da Ucrânia.

Pequim insiste publicamente no respeito pela ordem internacional, mas não faz parte dos esforços para coartar as ações militares de Moscovo. O país foi acusado em várias ocasiões de ser facilitador da guerra na Ucrânia e de ajudar a Rússia a contornar as sanções aplicadas, nomeadamente pela UE, mas negou todas as acusações.

A reunião também vai ser uma oportunidade para discutir as relações económicas entre os dois lados.

Citado num comunicado, o presidente do Conselho Europeu disse que o objetivo é procurar uma "relação justa e equilibrada" e chegar a "progressos concretos".

Em outubro de 2024, a UE impôs encargos aduaneiros acrescidos aos automóveis elétricos chineses, acusando Pequim de estar a financiar as principais empresas que operam nos 27 países do bloco comunitário, ajudando a diminuir os seus preços e prejudicando a concorrência.

Em abril deste ano, Bruxelas e a China discutiram a possibilidade de substituir as tarifas impostas por preços mínimos.

A UE também quer expandir os acordos comerciais vigentes, face à incerteza sobre o futuro das relações comerciais com os Estados Unidos da América, e abordar a geopolítica internacional, uma vez que a China é um dos principais intervenientes no palco global.

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