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Sassoli eleito presidente do Parlamento Europeu, que mantém um italiano no cargo

O sucessor do italiano Antonio Tajani na presidência do Parlamento Europeu é outro italiano: David Sassoli. O eurodeputado dos socialistas europeus foi eleito na segunda votação com 345 votos. Sassoli promete um plenário europeu "protagonista" da política comunitária.

Sassoli
Sassoli Reuters
03 de Julho de 2019 às 12:05

O Parlamento Europeu elegeu David Sassoli (Socialistas & Democratas) como presidente do Parlamento Europeu para exercer um mandato de dois anos e meio. À segunda votação, o socialista italiano recolheu 345 votos, mais 11 do que os 344 necessários para obter a maioria absoluta do total de 667 votos expressos. 

Desta forma, um socialista italiano sucede a um conservador, também italiano, no cargo. Mas ao contrário do agora ex-presidente Antonio Tajani (PPE), que precisou de quatro votações, Sassoli foi eleito logo à segunda tentativa, isto depois de ter falhado a primeira por apenas sete votos.  

O checo Jan Zahradil (Conservadores e Reformistas Europeus) ficou em segundo com 160 votos, a alemã Ska Keller (Verdes) ficou em terceiro com 119 votos e, em último, surgiu a espanhola Sira Rego (Esquerda Unitária) com 43 votos.

Ainda ao longo da sessão plenária desta quarta-feira, os eurodeputados terão de eleger os 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu. Nesta fase já são conhecidos 13 dos 14 candidatos apontados pelas respetivas famílias políticas europeias e um deles é português.

Trata-se do socialista Pedro Silva Pereira (S&D), sendo que o candidato ainda por definir pertence precisamente aos socialistas europeus que terão quatro vice-presidências. Os conservadores do PPE ficam com cinco vice-presidências, liberais e verdes terão duas cada e a Esquerda Unitária uma. 

Lagarde, presidente do BCE

Lagarde, presidente do BCE

Lagarde foi a primeira mulher a assumir a pasta das finanças de um governo francês, foi a primeira mulher a liderar o Fundo Monetário Internacional e agora vai ser também a primeira mulher à frente do Banco Central Europeu. Em 2011, em plena crise da dívida soberana da Europa e já com a Irlanda e a Grécia com programas de assistência financeira, substituiu Dominique Strauss-Kahn, depois de o francês ter sido preso num hotel em Nova Iorque, devido à alegada violação de uma empregada. Lagarde saiu do governo francês de Sarkozy para Washington, tendo o seu mandato sido renovado em 2016. Já não vai cumprir o segundo, que terminava em 2021, pois foi a escolhida pelos líderes europeus para substituir Mario Draghi à frente da presidência do BCE. Será também a primeira mulher a liderar a autoridade monetária europeia, uma instituição que tem tido dificuldades em preencher os cargos de topo com mulheres (existem apenas duas no conselho). Lagarde será também a primeira pessoa que não é economista a liderar a autoridade monetária da Zona Euro. A ausência de experiência na política monetária será um dos seus pontos fracos, mas tem a favor a larga experiência na economia europeia, que continua a precisar dos estímulos monetários para contrariar o período de abrandamento. Presença constante na lista da Forbes das 10 mulheres mais influentes do mundo, Lagarde é uma acérrima defensora do aumento do poder feminino nas principais instituições mundiais. Ficou célebre uma frase que disse no pico da crise financeira: "Se fosse uma Lehman Sisters em vez de uma Lehman Brothers, o mundo poderia ser hoje muito diferente".

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

A candidata à liderança da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem 60 anos e é ministra da Defesa da Alemanha e chegou a ser apontada como delfim da chanceler Angela Merkel e sua potencial sucessora na liderança da CDU. Nascida na Bélgica a 8 de outubro de 1958, cresceu com cinco irmãos e uma irmã. Casada com um médico, manteve a tradição de uma família grande, tem sete filhos. Formou-se em Economia e em Medicina, viveu na Califórnia (EUA) e regressou depois à Alemanha em finais da década de 1990. Entre 2009 e 2013, foi ministra do Trabalho e da Solidariedade.

Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu

Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu

Com 43 anos, o belga Charles Michel foi o nomeado para suceder a Donald Tusk na liderança do Conselho Europeu. Nascido a 21 de dezembro de 1975, é primeiro-ministro interino da Bélgica desde outubro de 2014 e lidera o Movimento Reformador. A ficar com o cargo, será o segundo belga a assumir estas funções, depois de Herman Van Rompuy ter ocupado o cargo em 2007. A sua carreira política tem observado uma ascensão meteórica e com 25 anos já era ministro da Cooperação para o Desenvolvimento, tendo depois chegado à chefia do governo aos 38 anos. Fluente em holandês, "uma qualidade rara entre os políticos francófonos", como sublinha a France24, estudou Direito em Bruxelas e Amesterdão, tendo-se formado como advogado em 1995.

Josep Borrell, Alto Representante da UE para a Política Externa

Josep Borrell, Alto Representante da UE para a Política Externa

 

Josep Borrell Fontelles, atual ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha (corresponde ao ministro dos Negócios Estrangeiros em Portugal), é o candidato a Alto Representante da UE para a Política Externa. Entre 2004 e 2007 presidiu ao Parlamento Europeu, e em Espanha foi também ministro, em dois mandatos diferentes, das Obras Públicas e Transportes. Com 72 anos feitos a 24 de abril, cresceu em La Pobla de Segur, onde o seu pai possuía uma pequena padaria. Começou por estudar contabilidade industrial em Barcelona, mas largou o curso para seguir engenharia aeronáutica na Universidade Técnica de Madrid. Membro do PSOE, Borrell também exerceu funções no Ministério espanhol da Economia, onde teve a seu cargo o pelouro da política orçamental.

David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu

David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu

Aos 63 anos de idade, David Sassoli é o candidato dos Socialistas & Democratas à presidência do Parlamento Europeu. Depois de ainda muito jovem ter iniciado a carreira como jornalista, tendo passado pelo Il Giorno e pela Tg3. Também trabalhou na Rai Uno (e Rai Due) e na TG1, estação da qual foi diretor a partir de 2007.

 

Membro do Partido Democratico (PD, centro-esquerda) foi pela primeira vez eleito como eurodeputado nas europeias de 2009 para chefiar a delegação do partido. Reeleito em 2014, assumiu uma das 14 vice-presidências do Parlamento Europeu e tutelou a pasta da política do Mediterrâneo e orçamento.

 

Durante a juventude participou em diversos movimentos de jovens católicos.

(Notícia atualizada às 12:35)

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