IGCP revê em alta meta para a almofada financeira
A agência que gere o crédito público reviu em alta em 800 milhões de euros a meta para a almofada financeira que conta ter no final deste ano. Numa apresentação a investidores divulgada esta sexta-feira sobre o Programa de Estabilidade 2017-2021, o IGCP actualizou as indicações para o financiamento do ano. Uma das alterações está relacionada com a meta para a posição em tesouraria no final de 2017 e nos próximos anos.
PUB
"O IGCP espera terminar 2017 como uma posição em tesouraria de 7,2 mil milhões de euros, cobrindo mais de 50% das necessidades de financiamento de 2018, que se projecta que sejam de 12 mil milhões de euros", refere o documento divulgado esta segunda-feira, 28 de Abril. Na apresentação anterior feita a investidores, relativa a Fevereiro, a entidade liderada por Cristina Casalinho estimava terminar o ano com uma almofada financeira de 6,4 mil milhões de euros.
A agência refere que "planeia manter a estratégia de cobrir de forma preventiva as necessidades de financiamento nos próximos anos". Nos anos seguintes houve também revisões em alta do valor para a almofada. Em 2018, a meta sobe 500 milhões para seis mil milhões de euros. Em 2019, o valor planeado aumenta mil milhões para 5,5 mil milhões de euros. E em 2020 a previsão para a almofada financeira sobe de 4,5 mil milhões para dez mil milhões de euros. A reafirmação desta estratégia surge numa altura em que o grupo trabalho sobre a sustentabilidade das dívidas pública e externa, criado pelo PS e Bloco de Esquerda, propõe uma redução da almofada financeira para conseguir uma poupança com juros. Outra das medidas defendidas por esse grupo de trabalho é fazer novas amortizações antecipadas ao FMI. Nesse ponto, o IGCP refere que mais reembolsos "estão condicionados a uma nova autorização das instituições europeias e das condições de mercado". Ainda assim, a agência sinaliza um reembolso antecipado de 3,2 mil milhões de euros no próximo ano.
PUB
A reafirmação desta estratégia surge numa altura em que o grupo trabalho sobre a sustentabilidade das dívidas pública e externa, criado pelo PS e Bloco de Esquerda, propõe uma redução da almofada financeira para conseguir uma poupança com juros.
Outra das medidas defendidas por esse grupo de trabalho é fazer novas amortizações antecipadas ao FMI. Nesse ponto, o IGCP refere que mais reembolsos "estão condicionados a uma nova autorização das instituições europeias e das condições de mercado". Ainda assim, a agência sinaliza um reembolso antecipado de 3,2 mil milhões de euros no próximo ano.
PUB
Plano de financiamento de 2017 cumprido em quase 50%
O IGCP actualizou ainda o andamento do financiamento do ano. O Estado já se financiou em 8,7 mil milhões de euros desde o início do ano, quase 50% dos 18,3 mil milhões de euros previstos para este ano.
PUB
Em relação à dívida de médio e longo prazo emitida nos mercados, o IGCP nota que a previsão é obter 15 mil milhões de euros no total do ano. Desse valor, 6,9 mil milhões de euros, 46% do total, já foram assegurados.
A outra grande fonte de financiamento do Estado são os investidores de retalho. A emissão líquida de certificados de poupança e de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável deverá representar 2,8 mil milhões de euros de financiamento durante 2017. Desse valor, 1,8 mil milhões, 64% da meta, já foi emitida.
O IGCP apresenta regularmente os planos de financiamento a investidores. Mas as previsões podem ser alteradas, dependendo das condições de mercado e de ajustes à estratégia de financiamento que a agência decida fazer.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais IGCP FMI OTRV Certificados de aforro certificados do tesouro FinanciamentoMais lidas
O Negócios recomenda