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Bruxelas quer défice abaixo dos 2,8% em 2016

A Comissão Europeia não se contenta com que o défice em 2016 se fique pelos 2,8% do PIB e exige que o Governo vá mais longe. Também exige que o défice estrutural baixe, escreve o Público com base numa fonte governamental.

debate do programa do governo PS antónio costa mário centeno augusto santos silva
debate do programa do governo PS antónio costa mário centeno augusto santos silva Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 19 de Janeiro de 2016 às 08:41

A Comissão Europeia exige que o Orçamento do Estado para 2016 contenha uma previsão de défice orçamental inferior a 2,8% do PIB. A notícia é avançada esta terça-feira. 19 de Janeiro, pelo Público, citando uma fonte não identificada do Governo, segundo a qual Bruxelas quer ver o défice estrutural a baixar 0,5 pontos percentuais, em linha com as regras europeias.

As negociações com a Comissão Europeia prosseguem no âmbito do "draft" do Orçamento do Estado para 2016 que deverá chegar ainda esta semana aos parceiros europeus, com as linhas gerais das previsões económicas para o próximo ano, e, segundo o Público, o Governo está a "negociar de forma a conseguir satisfazer as exigências da Comissão Europeia mas também satisfazer orçamentalmente as promessas eleitorais que têm sido aprovadas e que têm de ser cumpridas".

Os planos orçamentais do Governo ainda não são conhecidos em detalhe, mas, tal como avançámos recentemente, o Governo tem vindo a comunicar aos investidores que pretende fechar 2016 com um défice de 2,8% do PIB. Trata-se de uma meta que coloca o País abaixo do limite obrigatório dos 3% do PIB, mas que não chega para cumprir a redução do défice estrutural (o saldo orçamental descontado dos efeitos do ciclo económico).  

A última recomendação de Bruxelas a Portugal, datada de Junho, dizia que o saldo estrutural devia reduzir-se em 0,6 pontos percentuais em 2016, um valor que contrasta com os planos do Governo, que antecipa um agravamento do saldo estrutural.

Quanto a 2015, os dados são conhecidos. O país deverá fechar o ano com um défice de 4,2% do PIB, devido ao Banif. E, tal como o Negócios avançou em primeira mão, a resolução do banco impedirá que Portugal saia do procedimento por défices excessivos, uma notícia que viria entretanto a ser confirmada por Mário Centeno, a partir de Bruxelas.

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