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Governo enfrenta uma greve a cada cinco dias

Desde que o actual Governo tomou posse, em Junho de 2011, houve 208 greves no universo do Estado. Esta quarta-feira é a vez dos enfermeiros, quinta dos trabalhadores do metro, sexta dos funcionários judiciais.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 24 de Setembro de 2014 às 08:58

Cortes salariais, fecho de serviços públicos, privatizações, despedimentos. Estas são algumas das razões que estiveram na origem de paralisações na Função Pública desde que em Junho de 2011 Portugal entrou em dieta forçada. Ao todo foram 208 desde 2011, a uma média de uma greve a cada cinco dias. Esta quarta-feira inicia-se mais uma, levada a cabo pelos enfermeiros.

As contas são do Diário de Notícias, a partir de um levantamento dos avisos e pré-avisos de greve comunicados à Direcção-Geral da Administração Pública e Emprego (DGAEP) e, segundo os sociólogos ouvidos pelo jornal, estamos perante números "expressivos". Mas se as razões para o descontentamento podem ter aumentado, a eficácia das greves pode contudo ser diminuta.

Para esta quarta-feira está marcada uma paralisação geral de dois dias dos enfermeiros em protesto contra a falta de condições de trabalho. Queixando-se de exaustão e excesso de trabalho, o sector tem vindo a pressionar o Ministério da Saúde para que permita a contratação de novos enfermeiros nos serviços públicos. O Governo já se comprometeu com a admissão de 700 novos enfermeiros, mas os sindicatos dizem que é pouco – seriam precisos mais 25 mil para suprir as necessidades, garantem.

Na quinta-feira deverá chegar a vez dos trabalhadores do Metro de Lisboa, que protestam contra a contra a degradação da prestação do serviço público e reivindicam que a empresa cumpra os acordos remuneratórios assinados com os sindicados. Trata-se da quinta paralisação este ano e a décima primeira desde Outubro, segundo as contas do Diário de Notícias, e que poderá levar à paralisação do transporte ao longo do dia de amanhã.

Na sexta-feira entram em greve os funcionários judiciais, que também se queixam de excesso de trabalho e de falta de pessoal. Os sindicatos lembram que a promessa do Governo de descongelar a admissão de mil novos trabalhadores continua por cumprir. 

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