pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

ACP quer Fundo Ambiental integrado no OE e insiste nos incentivos ao abate

A cerca de duas semanas da apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o Automóvel Club de Portugal (ACP) apresenta três medidas que considera "urgentes" para serem incluídas no OE.

Carlos Barbosa, ACP
Carlos Barbosa, ACP Luís Manuel Neves
23 de Setembro de 2024 às 12:31

O Automóvel Club de Portugal (ACP) apresentou esta segunda-feira três propostas ao Governo e partidos com assento parlamentar para que sejam incluídas no próximo Orçamento do Estado (OE).

A entidade presidida por Carlos Barbosa (na foto) considera que estas três medidas são "urgentes para renovar o parque automóvel, ajudar os automobilistas e a economia".

Em primeiro lugar, o ACP insiste nos incentivos ao abate de veículos em final de vida, lembrando que a medida está inscrita no Orçamento do Estado para este ano, mas não foi implementada, conforme previsto, no segundo semestre. Para o ACP, o incentivo deve ser concretizado mediante um apoio direto no abate de uma viatura em final de vida, abrangendo todos os ligeiros com mais de 15 anos, e ser alvo de majoração para aqueles que adquiram "uma viatura nova ou seminova a combustão, híbrida ou elétrica".

A proposta do ACP aponta para que o incentivo direto caso não haja aquisição de um veículo seja de mil euros. Para quem abater a viatura e comprar um ligeiro de passageiros novo ou usado até quatro anos o valor seria de quatro mil euros e no caso de comerciais ligeiros novos ou usados até quatro anos o valor do incentivo subiria para seis mil euros.

O ACP defende ainda a atualização dos escalões fiscais dos veículos para empresas, argumentando que a tributação autónoma está dividida em 3 escalões desde 2011: para viaturas até 25.000€, entre 25.000€ e 35.000€ e mais de 35.000€. Apenas em 2018 foi retificado o limite mínimo para 27.500€, apesar de a taxa intermédia já ter sido ajustada (de 20% para 27,5%)".

Assim, diz, "tem-se verificado ao longo destes 13 anos um aumento de tributação sem qualquer revisão do limite dos escalões, apesar da inflação anualmente refletida nos impostos sobre os automobilistas".

"Ao manter-se inalterado desde 2011, o limite mínimo do escalão máximo – a partir de 35 mil euros, faz com que a taxa seja cega: paga tanto um automóvel de luxo como uma viatura utilitária. E nem a redução da taxa de tributação autónoma que se verificou no orçamento de 2024 vem compensar esta injustiça fiscal", acrescenta.

Por último, o ACP propõe a integração do Fundo Ambiental no Orçamento do Estado com regras claras e calendário definido. A medida, considera o Automóvel Club de Portugal, permitiria que "as regras que se mantêm ao longo dos anos" sejam "claras logo no início do ano".

Adicionalmente, o ACP defende que os apoios à aquisição de veículos de baixas emissões passem a abranger a compra de veículos híbridos ligeiros de passageiros e mercadorias (híbridos e 100% elétricos).

Ver comentários
Publicidade
C•Studio