PSD abre debate do OE a avisar que aprovará propostas "em função do mérito"
O Parlamento inicia esta segunda-feira a maratona de debate e votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020. Há a possibilidade de coligações negativas contra o Governo.
Afonso Oliveira, deputado do PSD, abriu esta segunda-feira o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 com um aviso: "O PSD tem disponibilidade para decidir em função do mérito das propostas." Ou seja, não há ideias excluídas à partida, por pertencerem a grupos parlamentares de ideologias diferentes e está por isso tudo em aberto. Nos próximos dias estarão em avaliação na Assembleia da República propostas como a descida do IVA da eletricidade já este ano, uma medida da qual o Governo já disse discordar, mas que corresponde a um objetivo que reúne consenso entre vários partidos da oposição, abrindo espaço para uma coligação negativa. A proposta de alteração do PSD só será discutida na quarta-feira, mas uma das medidas que os sociais-democratas apresentam como possível compensação financeira foi debatida já esta manhã: a redução da verba para os gabinetes ministeriais, no valor de 21 milhões de euros. No arranque do debate, Afonso Oliveira criticou a proposta de Orçamento do Estado do Executivo socialista e defendeu que tem havido "incapacidade do Governo de ler a realidade e obter consensos. "Voltou a assegurar que as propostas de alteração do PSD não colocam em causa o excedente orçamental e defendeu que são "responsáveis". Mais tarde, o social-democrata Carlos Silva associaria a proposta de corte nas verbas para os gabinetes ministeriais à descida do IVA. Mariana Mortágua, deputada do BE, reafirmou que votará a favor da descida do IVA da eletricidade e criticou o PAN, por ter "mudado de posição" ao indicar que não apoiará as propostas de alteração que vão nesse sentido. Defendeu a proposta dos bloquistas, por ser uma posição intermédia e de consenso, ao propor a descida do IVA para 13% (em vez de 6%) e só a partir do segundo semestre, com compensações, como por exemplo a subida do IVA para os hotéis. "
Nos próximos dias estarão em avaliação na Assembleia da República propostas como a descida do IVA da eletricidade já este ano, uma medida da qual o Governo já disse discordar, mas que corresponde a um objetivo que reúne consenso entre vários partidos da oposição, abrindo espaço para uma coligação negativa. A proposta de alteração do PSD só será discutida na quarta-feira, mas uma das medidas que os sociais-democratas apresentam como possível compensação financeira foi debatida já esta manhã: a redução da verba para os gabinetes ministeriais, no valor de 21 milhões de euros.
No arranque do debate, Afonso Oliveira criticou a proposta de Orçamento do Estado do Executivo socialista e defendeu que tem havido "incapacidade do Governo de ler a realidade e obter consensos. "Voltou a assegurar que as propostas de alteração do PSD não colocam em causa o excedente orçamental e defendeu que são "responsáveis". Mais tarde, o social-democrata Carlos Silva associaria a proposta de corte nas verbas para os gabinetes ministeriais à descida do IVA.
Mariana Mortágua, deputada do BE, reafirmou que votará a favor da descida do IVA da eletricidade e criticou o PAN, por ter "mudado de posição" ao indicar que não apoiará as propostas de alteração que vão nesse sentido. Defendeu a proposta dos bloquistas, por ser uma posição intermédia e de consenso, ao propor a descida do IVA para 13% (em vez de 6%) e só a partir do segundo semestre, com compensações, como por exemplo a subida do IVA para os hotéis.
Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, não fugiu ao tema e argumentou que a proposta de Orçamento do Governo avança "apenas até onde é possível avançar, de forma a não reverter nem comprometer conquistas futuras já previstas no programa do governo." "Aprovar propostas como o PSD propõe, sem compensação, é aprovar, nas suas palavras, um outro orçamento," frisou o governante, dirigindo-se a Afonso Oliveira. "O governo também apresenta uma proposta intermédia, alternativa. Equilibrada do ponto de vista financeiro e orçamental," continuou, desta vez para Mariana Mortágua, lembrando que descer o IVA da eletricidade "não estava no programa de governo." (Notícia atualizada às 11:04)
Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, não fugiu ao tema e argumentou que a proposta de Orçamento do Governo avança "apenas até onde é possível avançar, de forma a não reverter nem comprometer conquistas futuras já previstas no programa do governo."
"Aprovar propostas como o PSD propõe, sem compensação, é aprovar, nas suas palavras, um outro orçamento," frisou o governante, dirigindo-se a Afonso Oliveira. "O governo também apresenta uma proposta intermédia, alternativa. Equilibrada do ponto de vista financeiro e orçamental," continuou, desta vez para Mariana Mortágua, lembrando que descer o IVA da eletricidade "não estava no programa de governo."
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