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Governo já nomeou 273 dirigentes sem concurso – Público

O Executivo de António Costa nomeou em quatro meses quase três centenas de dirigentes em regime de substituição, um mecanismo criado para ser usado em situações excepcionais. O ministério de Vieira da Silva lidera.

vieira da silva parlamento ministro trabalho segurança social
vieira da silva parlamento ministro trabalho segurança social Bruno Simão
Negócios 05 de Maio de 2016 às 09:24

O governo de António Costa já nomeou 273 dirigentes para a Administração Pública em regime de substituição, um mecanismo que deve ser de utilização excepcional, e que contorna a necessidade de concurso permitindo ocupar cargos temporariamente vagos. A maior parte destes dirigentes dizem respeito a chefias intermédias, mas três dezenas são altos quadros cuja nomeação exige concurso e apreciação da comissão de recrutamento, avança o Público.

Um dos casos caricatos deu-se no Instituto da Mobilidade e dos Transportes, com a nomeação na semana passada de Eduardo Feio em regime de substituição por "vacatura do cargo". Ora o cargo estava vago porque dias antes o Governo tinha afastado da liderança do IMT Paulo de Andrade que, por sua vez, ocupava também o cargo desde Julho 2015 em regime de substituição nomeado na altura pelo Governo de Pedro Passos Coelho.

Segundo o jornal a primeira nomeação em substituição ocorrem no inicio de Janeiro, cerca de um mês após a tomada de posse do Governo, e aceleraram desde então com 80 nomeações em Março e 136 em Abril, contabiliza o Público a partir dos despachos publicados em Diário da República. O ministério que leva a dianteira é o da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, liderado por Vieira da Silva, que substituiu Pedro Mota Soares (CDS) na função.

Das 134 nomeações na Segurança Social, 119 dizem respeito ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Fonte oficial do ministério desvalorizou o número ao Público: "No IEFP dois terços dos dirigentes se mantiveram em funções, o que contraria a ideia que tem vindo a ser veiculada de um ‘elevado número de nomeações’".

As nomeações para cargos intermédios não têm de passar pelo crivo da Cresap, a comissão de recrutamento que tem por missão lançar concursos e avaliar os currículos dos gestores, mas no caso dos altos cargos a sua intervenção é obrigatória. As nomeações por substituição contornam esta necessidade e o Público contabilizou 33 destes casos.

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