Taxa de carbono pode dar maior agravamento nos combustíveis desde 2016
A subida da taxa de carbono poderá levar a um aumento de até 5 cêntimos por litro nos preços da gasolina e do gasóleo, em 2022, segundo cálculos do Observador. Trata-se do maior agravamento fiscal desde 2016.
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No debate parlamentar de quinta-feira, o primeiro-ministro António Costa adiantou que "a emergência climática é uma emergência todos os dias, exige uma taxa de carbono, que vai continuar a aumentar. E é uma política correta não dar um único contributo para baixar a fiscalidade sobre os combustíveis carbonizados".
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O primeiro-ministro respondia assim a uma questão colocada pela deputada do CDS-PP, Cecília Meireles, que sublinhou que, com o adiconal ao Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) criado em 2016, um português que abasteça o depósito com 67 euros de gasolina, "quase 40 euros vão para o Estado".
Mas esta subida da taxa de carbono deverá refletir-se nos preços a pagar pelos portugueses nas bombas de combustíveis. De acordo com dados fornecidos ao Observador pela Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (APETRO), o preço médio das licenças de emissão de CO2 aumentou 79% num ano — passou de 24€/ton para 43 €/ton. Isto antecipa uma variação semelhante da taxa de carbono para 2022.
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Feitas as contas, isto deverá resultar num aumento de quatro cêntimos por litro na gasolina e de cinco cêntimos por litro no gasóleo. A taxa passaria de quatro para 9,7 cêntimos na gasolina e de seis para quase 11 cêntimos por litro no gasóleo.
A confirmar-se a subida dos preços, este será o maior agravamento fiscal sobre os combustíveis desde 2016, conclui o Observador.
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